Crítica: Independence Day: O Ressurgimento (2) - Cinem(ação): filmes, podcasts, críticas e tudo sobre cinema
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Crítica: Independence Day: O Ressurgimento (2)

Independence Day: O Ressurgimento, para o bem ou para o mal, é um dos maiores exemplo do que é um blockbuster.

Ficha técnica:

Direção: Roland Emerich

Roteiro: Nicolas Wright, James A. Woods

Elenco: Liam Hemsworth, Jeff Goldblum, Bill Pullman, Judd Hirsch, Vivica A. Fox, Brent Spiner, Charlotte Gainsbourg, Jessie Usher, Maika Monroe e Sela Ward

Nacionalidade e lançamento: Estados Unidos, 2016 (23 de Junho de 2016 no Brasil)

Sinopse: 20 anos após os acontecimentos que abalaram o mundo, uma nova ameça invade a Terra e dessa vez será que os terráqueos estarão mais preparados?

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Cada filme tem, ou deveria ter, um propósito. Temos longas para chorar (Como Eu Era Antes de Você), para assustar/dar medo (Invocação do Mal 2), com críticas sociais (Que Horas Ela Volta?), para as crianças de 30 anos (De Volta Para o Futuro) e vários outros tipos. O importante são dois fatores: ele ser bem sucedido naquela proposta e, claro, ser um bom filme – por bom filme entenda-se: roteiro, atuação, direção, montagem, trilha, efeitos, etc estarem pelo menos apresentáveis.

Independence Day: O Ressurgimento é um longa para comprar um balde de pipoca e se divertir com os amigos relembrando dos personagens e universo de 20 anos atrás. Ele tem vários elementos de um blockbuster: muita ação, aventura, romance, monstros espaciais, uma ameça gigantesca que quer aniquilar o Universo e um roteiro que não se pretende reflexivo. Como pincelei ali, é bem recomendável ter visto o primeiro antes de ir para este aqui. Você tem duas opções: ou deixa aqueles personagens na memória e os reencontra anos depois mais velhos ou veja perto de assistir esta continuação, assim tornará as lembranças mais frescas.

A história traz todos os elementos que vimos no primeiro filme. Uma aparente tranquilidade, uma invasão e muitos personagens agindo para contê-la. Aliás, muitos mesmo…. é até complicado lembrar todos os nomes e exigir algum aprofundamento deles. Cada um cumpre uma função bem específica e vão juntar os diversos tipos de forças e inteligências. Temos agora um posto avançado na Lua – sim a tecnologia humana cresceu bastante, com jovens astronautas para fazer a ala romântica da coisa. Vários cientistas, dos mais malucos até o Dr. David Levinson que retorna mais uma vez com muita importância. Até a coisa mais roots, com um representante africano Dikembe Umbutu, que destrói aliens com faquinhas – ele parecia ter um arco interessante, gostaria de vê-lo mais tempo em tela. Além de vários outros núcleos, como o do President Whitmore e Julius Levinson (pai do Dr. David).

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Algumas coisas novas foram inseridas: uma conexão daqueles que participaram dos eventos anteriores com os ETs, uma unificação mundial e o preparo em relação ao que está por vir. Nada espetacular, mas elementos bem inseridos e que fazem sentido. Achei este segundo um pouco mais engraçado que o primeiro. Ou melhor com mais alívios cômicos, eles tentam mais – nem sempre conseguem.

O ritmo de Independence Day: O Ressurgimento é bom. Apesar de ter algumas cenas desnecessárias, você não sente as duas horas passarem. Em momento algum fica entediante, algo muito importante neste tipo de filme. Mas algo que me incomodou foram os diálogos. Realmente um tanto expositivos e às vezes duvidando da nossa inteligência. Esse é o único ponto abaixo da média. Até o roteiro em si não é ruim.

De fato todos os elementos, apesar de meio genéricos e até um pouco clichês, não são condenáveis. Não vemos uma revolução cinematográfica, mas é tudo certinho. A trilha entra nos momentos devidos e é quase grandiosa, mas fica na categoria de esquecível. A direção dá o tom que o filme pede, às vezes meio confusa em algumas cenas, contudo ok no âmbito geral. Os efeitos, apesar de carregar um pouco no CGI, funcionam muito bem. Visualmente há um momento que lembra Star Wars (não sei exatamente quando o filme foi produzido, mas será que foi intencional a referência ao episódio VII?). O 3D vale muito a pena. Acho que é o melhor 3D que vi no ano. Tem uma cena no começo que chega a assustar. Ela parte “do público” e “entra na tela”.

As atuações variam bastante: Liam Hemsworth  mostra que não deve ganhar o Oscar, porém não compromete. Maika Monroe deixa bastante a desejar e não acrescenta em nada. Judd Hirsch é o alívio cômico (e tem vários) que mais funciona. Bill Pullman retorna como agora ex-presidente Whitmore e nos brinda com a mesma retidão de caráter de antes (personagem invejável). Jessie T. Usher é o filho que o personagem do Will Smith fez no filme anterior e a principal característica dele é que é o filho do personagem do Will Smith…

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Independence Day: O Ressurgimento é honesto. Esse é o melhor elogio que posso fazer. Ele não entrega nada aquém ou além do que quem vai ao cinema para vê-lo espera. Vai ser indicado ao Oscar ou outros prêmios? Não. Pois não é esse o objetivo dele. Vai lotar as salas com um público ávido por cenas alucinantes e será exibido no Temperatura Máxima daqui a alguns anos? Provavelmente…  Então saiba onde está gastando o teu dinheiro e seja feliz.

Se gostou do primeiro, provavelmente vai gostar deste. 20 anos é um tempo justo para uma continuação e com ar de continuação mesmo. Filme bem comercial, mas que é coerente com a agora franquia (e provavelmente teremos uma continuação).

Confiram também a crítica do filme sob a ótica do Cauê Petito.  Nela concordamos com alguns pontos e discordamos em outros. Vale a leitura.

https://www.youtube.com/watch?v=LwgF3bmQ1rE%20

 

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