Top 10 Piores Filmes de 2018 - Cinem(ação): filmes, podcasts, críticas e tudo sobre cinema
Piores Filmes - 50 tons de liberdade
Cinema Mundial

Top 10 Piores Filmes de 2018

Todo ano temos excelentes filmes, mas não dá para ignorar as bombas. Então nada mais justo (e de certo modo divertido) lembrarmos dos Piores de 2018.

E já fizemos a dos melhores deste ano aqui

Alguns comentários antes da lista em si: caso  o teu filme favorito esteja nesta lista de Piores, não me odeie muito. Por mais que eu tente usar critérios objetivos, a ordem e até a presença de determinada obra são subjetivas. Deixe nos comentários como seria o teu ranking.

Vou considerar apenas filmes lançados nos cinemas Brasileiros em 2018. Então Vende-se Esta Casa da Netflix está fora da lista, mas seria forte candidato a um dos piores filmes do ano.

10 – CADÁVER:

Cena de exorcismo clichê. Mulher vai trabalhar à noite em um necrotério. Necrotério com um esquema de segurança mais falho que guardar dinheiro debaixo da cama. Espírito com poderes aleatórios e usando-os de formas aleatórias. Portas se abrindo sozinhas. E de novo. E mais uma vez. Todo tipo de movimento genérico e nada assustador. Eis o resumo mais honesto que consigo pensar de Cadáver.

9- VERDADE OU DESAFIO:

O grande poder da entidade aqui é fazer os possuídos “sorrirem”. Ok, ela os mata se não cumprirem o desafio ou falarem mentiras, mas isso é quase um detalhe perto da mecânica anterior. O início tem essa premissa rasa, o desenvolvimento lembra ares de Malhação e o final ofende a inteligência de qualquer um… Verdade seja dita: desafio é assistir este filme.

8- UMA DOBRA NO TEMPO:

Este poderia ser uma fantasia à la Sessão da Tarde. Mas o que temos aqui é um emaranhando de cenas jogadas. Personagens humanos sem função. Personagens “magas/bruxas/fadas” sem função. Aventuras paralelas sem função. E um objetivo principal nada empolgante. O ar científico é só usado para fingir inteligência. O visual é bonito? Em alguns momentos, sim… mas a troco de quê?

7 – MAZE RUNNER: A CURA MORTAL:

Sei que muitos gostam da franquia, mas estamos diante de um filme que confunde o “Runner” do título com pressa, agilidade com bagunça e emoção com pieguice. E apela para uma conveniência, desequilíbrio dos elementos, falsa sensação de perigo. O mundo acabando lá fora e um diálogo banal sendo o foco. Somos convidados a pular de uma cena para outra sem o devido trajeto, talvez como fases isoladas de um vídeo game antigo pudesse funcionar… como história não

6 – PROJETO FLÓRIDA:

Não há uma trama bem delineada. Vemos, seguidas vezes, as crianças aprontando, os adultos sendo irresponsáveis ou simplesmente todos eles vivendo. A sensação de que o filme não começa perpassa não só o primeiro ato como todo o longa. Enfadonho, apelativo e vazio. Vale a nota que ele está aclamado por parte considerável da crítica, contudo vou na linha completamente oposta. Eu o faço de consciência tranquila, meu objetivo não é causar polêmica, mas apenas ser justo com a minha percepção do filme.

5 – MENTES SOMBRIAS:

Mentes Sombrias pretende surfar (tardiamente?) na onda das distopias de adaptações literárias para adolescentes à la Jogos Vorazes, Maze Runner, Divergente, etc. O que entrega, contudo, é um show de horrores. Alguns dos momentos: “sou a pessoa mais inteligente do mundo, pois sei ler mapas”, “Mexo na mente de quem e quando o roteiro quiser”, “Vamos usar uma criança chinesa fofa a fazer fofurice, novo nível de esquilo do era do gelo” e “E darei aula de diálogo expositivo e pergunto: entendeu ou quer que eu desenhe ? E desenho em uma pirâmide colorida”

4 – ALFA:

A premissa de mostrar como se iniciou a relação homem-cão é, obviamente, válida. O problema está em tudo ao redor. Uma narração que se pauta em frases clichês – acho que na realidade o filme não é o origem da relação homem-bicho, mas a origem dos famigerados processos de Coaching/auto-ajuda. Além do uso mais rasteiro da jornada do herói, com todos os clichês possíveis. O visual, espetaculoso, apenas reforça a artificialidade do projeto.

Robin Hood

3 – ROBIN HOOD:

Vamos ignorar a maquiagem e vestimenta moderna em uma história de séculos atrás. Vamos ignorar a artificialidade. Vamos ignorar as fragilidades e obviedades das relações e dos movimentos. Vamos ignorar os vilões de novela ruim. Vamos ignorar um nada instigante triângulo amoroso que envolve o melhor ator do século, Jamie Dornan (sim, o Senhor Cinza). Se ignorarmos tudo isso talvez o filme não ficasse tão horrível, mas não seria este filme…

2 – 50 TONS DE LIBERDADE:

Cinquenta Tons de Liberdade poderia ser a incrível história de como a química entre os protagonistas piora a cada trabalho. Falta tesão e sobra pieguice. Enfim a trajetória do possessivo Sr. Grey e da doce (por ser totalmente sem sal) Sra Grey chega ao fim. A série foi um desserviço ao BDSM, à sétima arte e a qualquer um que busque o mínimo de lógica.

1 – 15h17 TREM PARA PARIS:

O longa está mais para um amontoado quase aleatório e aborrecido. Sequência de cenas que não fazem diferença para nada, salvo para vender um panfleto. Aqui diversos elementos (talvez todos) apontam para o lado oposto a uma narrativa consistente.A montagem reuniu aquele apanhado, os atores (que na realidade são os personagens reais) parecem ler os diálogos e tentam dar uma naturalidade artificial que torna tudo ainda pior. Algumas das coisas que o filme passa: TDA não existe. “Meu deus é maior que as estatísticas”. Tour pela Europa. Pau de selfie. Guerra. Diálogos que não importam. Possivelmente o pior filme de Clint Eastwood.

BÔNUS:

Reparou a ausência de produções nacionais na lista dos Piores? Pois é, temos sim um cinema muito bom hoje em dia no Brasil, mas infelizmente ainda temos longas – especialmente comédias – terríveis. Segue a lista de alguns títulos que inundariam o top 10 e, portanto, deixei aqui no bônus: Doutrinador, Gaby Estrella, Minha Vida em Marte, Motorrad, Não se aceitam devoluções, Os Farofeiros (este o pior deles), Tudo Por um Popstar.

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