Crítica: Kon Tiki

Ultimamente tenho me deparado com boas obras do norte europeu, principalmente Alemanha, Bélgica, Noruega, Suécia e podemos incluir ainda a França. Em uma destas buscas, e guiado também por um post aqui do Cinem(ação), resolvi dar uma chance para uma co-produção Reino Unido, Dinamarca, Noruega e Alemanha, chamado “A Aventura de Kon Tiki”. O filme me chamou a atenção pelo pôster, que tem uma baleia gigante abaixo de um barco à deriva. Me veio na mente exatamente “As Aventuras de Pi”, porém se você estiver com esta mesma ideia, pode ir tirando o seu “cavalinho da chuva”, “Kon Tiki” é um filme muito mais sóbrio e real, do que “Pi”, e sem dúvida, ainda perde muito para a fotografia do filme americano.


Trata-se de um filme muito interessante e muito verdadeiro, principalmente se após ver o flime, você ficar curioso para ver quem era Thor Heyerdahl (como eu fiquei) e ir buscar na internet. É possível inclusive encontrar o documentário que foi filmado na época da exploração, isto é, podemos ver o verdadeiro Thor com seus companheiros em alto mar, vendo baleias, conversando, e tendo sua rotina durante os longos 90 dias que se propuseram a ficar no oceano.

Os atores cumprem bem o seu papel, não há nenhum tipo de revelação ou grandes interpretações, mas fazem o filme tornarce real, palpável. O interessante de assistir filmes com atores que não estamos acostumados a ver nas telas, é justamente essa proximidade que o filme pode passar, pois torna-se um fator de diferenciação, pois como não acompanhamos as carreiras deles, temos a sensação de proximidade com o personagem, de uma forma muito legal de se vivenciar.

“Kon Tiki” não é um primor em fotografia, e poderia ter esse ponto mais bem explorado pelos diretores, porém, de uma certa forma é compreensível o tom que o filme quis dar, ou seja, esse lado mais humano, mais normal, e por isso ele é um filme muito bem feito em seus moldes.
Para mim foi um filme que me deixou curioso, me fez pesquisar mais sobre a história, e se um filme consegue produzir este tipo de efeito, certamente é porque passou sua mensagem de forma eficaz. Mas dou uma dica. Assista o filme, e passe, nem que seja rapidinho pelo documentário. O filme parece que ganha mais brilho quando você vê que aquilo relamente aconteceu, e que as filmagens da época estão ali, feitas de verdade, por um explorador em alto mar em 1947.
Confira o trailer de “Kon-Tiki”:
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