Festival de Sundance 2017 – Dia 3 #ConexãoSundance

Festival de Sundance 2017 – Dia 3: mesmo com o frio e a correria de tantos filmes, Maurício Costa continua trazendo comentários e críticas dos filmes que está acompanhando em Sundance, festival que ocorre de 19 a 31 de janeiro de 2017. Confira os filmes do terceiro dia.

 

Festival de Sundance 2017 – Dia 3:

 

Before I Fall:

Da diretora Ry Russo-Young, o longa teve sua Première no festival, ou seja, não é um filme de competição. Ele trata da vida de uma adolescente, com todos os elementos presentes em filmes americanos, incluindo o namorado atleta. Mas Maurício conta que não se trata de um clichê barato. Ele começa com a personagem anunciando a própria morte, e depois de 10 minutos de filme, ele mostra ela acordando de novo no último dia de sua vida, mostrando então uma espécie de “Feitiço do Tempo dramático”. Ao longo da trama, acompanhamos a jovem tentando mudar seu destino, e vendo as complexidades dos personagens, seja da Samantha, a protagonista, quanto de suas amigas. O núcleo das quatro amigas é bem atuado, e o principal é que ele tem uma moral expositiva e um final clichê.

Free And Easy:

O longa chinês, que compete na mostra competitiva de dramas estrangeiros, é um filme sensacional, segundo Maurício Costa, que não sabia muito sobre o filme. Ele se passa em uma cidade isolada no interior da China, quando chega um vendedor de sabonetes “mágico”, que é um golpista. Lá existe um monge, que também é um golpista, além de diversos personagens bizarros que contracenam com os policiais que investigam os supostos golpes. Com um ritmo bem lento, o filme não é amarrado ou chato, mas tem uma toada de interpretações marcada. Para fazer uma comparação didática, o crítico resume o diretor Jun Geng é um “Wes Anderson chinês”. As concepções dos enquadramentos e cores, o tipo de história relacionada ao grau de corrupção do ser humano, e o tipo de atuação semelhante a “Os Excêntricos Tenembaums” ou “O Grande Hotel Budapeste”, por exemplo. É um filme que não é de fácil consumo para um público de massa, mas merece nota máxima, segundo Maurício.

The Nile Hilton Incident:

O filme egípcio, que concorre na mostra de dramas estrangeiros, conta a história de um incidente no hotel “Nile Hilton”, onde ocorre um assassinato. Trata-se de um noir moderno com a história de um policial corrupto que acaba sendo colocado para investigar o assassinato, e ao confrontar com o poder fica obcecado em solucionar o crime. Além das interpretações, da fotografia, do roteiro e da direção, Maurício conta que a investigação ocorre nos 20 dias que antecedem as manifestações na Praça Tahrir, na Primavera Árabe. O caso que o protagonista investiga tem relações com o dono do hotel, que é um político. Maurício Costa compara o longa ao “A Qualquer Custo” e “Sicario”, pois são filmes parecidos.

No festival, após a exibição do longa, ninguém saiu da sessão para o momento de perguntas e respostas. Se geralmente há um esvaziamento do local, desta vez as pessoas ficaram para falar com diretor e o elenco. Causou uma ótima reação.

Segundo Maurício Costa, é o melhor filme do festival até o momento.

 

Kuso:

Filme de terror da sessão da meia-noite, Kuso é um longa pretensioso. O diretor Flying Lotus (Steven Ellison, em destaque na imagem em destaque, no topo da página) começou a sessão com uma performance que já indicava isso. A organização do festival falava do longa como uma sessão “mind-blowing”. Ele trata de uma distopia pós-apocalíptica em que as pessoas se comunicam pelas TVs, e vai contando as histórias por meio dessas TVs com os personagens se assistindo. Mas Maurício conta que o longa é um filme “gore” nojento com coisas que não fazem sentido. O que o filme tem de bom é que o diretor usou muitas linguagens diferentes, como animação em stop-motion, cenas atuadas, animação, entre outras.

 

Festival de Sundance 2017 – Dia 3: Participam da cobertura do Festival de Sundance 2017 os seguintes sites e canais: Razão:de:Aspecto, Cinem(ação), Conacine, Cine Drive Out, Pós-Créditos e Correio Braziliense.

 

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