Crítica: Pets: A Vida Secreta dos Bichos (2016)
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Crítica: Pets: A Vida Secreta dos Bichos (2016)

Pets: A Vida Secreta dos Bichos é divertidinho e fofinho, mas não passa disso.

Ficha Técnica: 
Direção: Yarrow Cheney, Chris Renaud
Roteiro: Cinco Paul, Ken Daurio, Brian Lynch, Simon Rich
Vozes (originais): Louis C.K., Eric Stonestreet, Kevin Hart, Lake Bell
Vozes (dublagem brasileira): Danton Mello, Tiago Abravanel, Luis Miranda, Tatá Werneck
Nacionalidade e lançamento: EUA, 2016 (25 de agosto de 2016 no Brasil)

Sinopse: Max é uma cachorro muito apaixonado pela dona. Mas um dia ela volta para casa com Duke, um cão que ela havia encontrado na rua. Os dois bichanos vivem altas aventuras e têm que lidar com as diferenças para se dar bem nas jornadas.

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Pets está fazendo um sucesso absurdo de bilheteria nos Estados Unidos (mais de 100 milhões de Obamas na primeira semana). A Illumination, empresa que produziu Meu Malvado Favorito e Minions, pode está rindo à toa mais uma vez. Porém, mais uma vez, não é marcante por uma obra genial com uma mensagem que funcione para adultos e crianças. Pets, tal como os anteriores, vai arrancar algumas risadas – e só.

O longa tem apelo visual. As cores realmente foram bem pensadas e o estúdio está de parabéns no quesito animação. Alguns cenários, mesmo que sem aquele hiper realismo de um Bom Dinossauro ou Piper, impressionam. Contudo, o que traz a nota do filme para baixo é o roteiro. Pouco criativo (bebe forte da fonte de Toy Story), com muitas subtramas e alguns furos. A aventura às vezes fica maior do que ela dá conta de sustentar.

O ritmo pode agradar crianças ou quem gosta de uma ação mais movimentada. Há poucos respiros. A música vai na mesma toada, sendo preponderante uma pegada mais pop. Apesar do elogio aos gráficos e de Pets ter vários cenários, faltou explorar melhor o design de produção. O padrão visto em Zootopia não é fácil de ser superado.

Quem tem animais vai se identificar com as situações passadas pelos personagens. Cães, gatos, coelhos até crocodilos dão as caras aqui (espero que ninguém tenha um crocodilo em casa…). Há uma tentativa, parcialmente bem sucedida, de variar os bichos, mesmo dentro da mesma espécie. Contudo, os caracteres deles ficam meio óbvios e clichês.

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Algumas piadas são realmente engraçadas. O ar blasé da gata Chloe foi a que mais funcionou para mim. Os demais tem gags visuais que podem agradar, mas que não são memoráveis. Tédio não é uma palavra que se aplica aqui. Já bobo, infelizmente, sim…

O que vemos no trailer, os animais dentro dos apartamentos pintando o sete quando os donos se ausentam, é o começo do filme, nem metade do primeiro arco. Creio que se explorassem mais essa premissa o resultado poderia ser mais interessante. Quando eles saem daquele ambiente, há um subtexto sobre abandono de animais que traz o tema sem torná-lo pesado – mas é um dos poucos méritos ali.

Pets: A Vida Secreta dos Bichos agradará mais às crianças, mas não será terrível para os adultos. Venderá (já está) muitos bonecos e provavelmente terá uma continuação. Comparado a outras animações do ano, como Procurando Dory, Zootopia e Anomalisa, perde de lavada. Mas é melhor que outras tantas como Norm e os Invencíveis, No Mundo da Lua e Cantando de Galo. A dublagem brasileira está muito boa, podendo ser uma opção interessante para levar as crianças. Mas Pets não chegará ao Oscar ano que vem ou ao patamar Disney/Pixar.

  • Nota Geral
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Resumo

Pets: A Vida Secreta dos Bichos agradará mais às crianças, mas não será terrível para os adultos. Venderá (já está) muitos bonecos e provavelmente terá uma continuação. Comparado a outras animações do ano, como Procurando Dory, Zootopia e Anomalisa, perde de lavada. Mas é melhor que outras tantas como Norm e os Invencíveis, No Mundo da Lua e Cantando de Galo.

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