O filme alemão “A vida dos outros” (“Leben Der Anderen, Das”, 2006, Alemanha), dirigido por Florian Henckel von Donnersmarck, conta a história de Gen Wiesler, agente da Stasi, serviço de informação da Berlim Oriental comunista em 1984.

Durante a Guerra Fria, o Ministro da Cultura da Alemanha Oriental, Bruno Hempf se interessa por Christa-Maria Sieland (Martina Gedeck), uma importante atriz que brilhava nos palcos alemães. No entanto, ela precisa ter acesso a remédios controlados que lhe ajudam a atuar e, por isso, acaba se envolvendo sexualmente com o ministro, que lhe dava acesso livre à droga. Ela, porém, namora o roteirista Georg Dreyman (Sebastian Koch). Ele é um dos poucos que permanece enviando texto para a Alemanha Oriental, relatando e criticando o modo de governo socialista. Com a suspeita de que o casal era infiel às ideias comunistas, eles passam a ser vigiados pelo Capitão Gerd Wiesler (Mühe) e, assim, se dá a início a toda uma trama fascinante e cheia de surpresas.

O trabalho de Wiesler é espionar e interrogar suspeitos de conspiração. A trama tem início ao receber a tarefa de investigar a vida do dramaturgo Dreyman e de sua namorada. Seu apartamento é todo “grampeado” com os equipamentos para espionagem do casal.

A partir daí somos convidados a ser voyeur junto ao espião em seu conflito – não aberto, diga-se de passagem – entre o observador (o agente Wiesler) e o escritor Dreyman, o qual sequer sabe que está sendo vigiado constantemente. Com o tempo, Wiesler se identifica cada vez mais com o objeto de sua investigação, a ponto de se questionar se deve (ou não) relatar tudo que Dreyman faz ou deixa de fazer na sua vida.

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Daniella Cosmovegue
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