11 coisas que você não sabia sobre Chadwick Boseman
Ele está chegando em breve aos cinemas com um filme que promete ser um verdadeiro marco na história do cinema: Pantera Negra. Será o filme mais caro já dirigido por um diretor negro (200 milhões de dólares de orçamento), e também o filme de maior orçamento com elenco formado quase na totalidade por atores negros. E pelas projeções dos filmes da Marvel, certamente ficará no topo da lista de filmes de maior bilheteria com estas características.
Mas quem é esse cara? De onde surgiu ? Onde já vimos o rosto dele?
Confira 11 coisas sobre Chadwick Boseman:
11- Crescimento acadêmico
O filho da dona Carolyn e do seu Leroy (como diria Faustão) nasceu no estado da Carolina do Sul e se formou em “Fine Arts and Directing” (Belas Artes e Direção) pela Howard University, em Washington, se formando em 2000. Da América ele foi para a terra da rainha: estudou na British American Drama Academy, em Oxford. O cara é acadêmico, não mexe com ele!
10- Crescimento gradativo
Boseman queria, na verdade, ser um diretor, e só começou a estudar atuação porque queria entender como seria dirigir atores. Mas pelo jeito o destino escolheu outros caminhos para ele! Logo que voltou da Inglaterra, começou a dar aulas de teatro na Schomburg Junior Scholars Program, de um instituto de cultura negra no Harlem, em Nova York. Foi nessa época que ele começou a fazer pequenas participações em séries de TV.
9- Muito teatro:
O histórico de peças de Chadwick Boseman é muito interessante. Em 2002, ele ganhou um importante prêmio do teatro americano pela peça “Urban Transitions: Loose Blossoms”. Romeu e Julieta também consta no currículo do ator, que também dirigiu e escreveu peças com temática voltada ao Hip Hop.
8- Muita TV e biografias:
Aos poucos, o futuro Pantera Negra ia fazendo várias participações em séries, como Lei e Ordem, CSI: Nova Iorque, Plantão Médico, Arquivo Morto, entre tantas outras. A experiência culminou nos primeiros trabalhos para o cinema, no qual Chadwick Boseman parece que se especializou em personagens reais: ele deu vida a Jackie Robinson (primeiro atleta negro a jogar na liga principal de Baseball) no filme “42: A História de uma Lenda”; ao rei do funk James Brown no filme “Get on Up: A História de James Brown”; e Thurgood Marshall, o advogado que se tornaria o primeiro “presidente do Supremo” negro dos Estados Unidos.
7- Sulista
Em entrevista para o site Garden and Gun, Boseman conta que se considera um sulista e se sente bem em ser da Carolina do Sul. No contexto do racismo (historicamente mais forte nesta região), o ator conta que viveu a vida toda em uma “vila” com sua família muito grande, e por isso ele desenvolveu um senso de pertencimento.
6- Desenhista? Artista!
Na mesma entrevista, Chadwick Boseman conta que adorava desenhar e pintar retratos, e por isso achava que seria um desenhista ou arquiteto. Segundo ele, a ideia de ser diretor e roteirista vem justamente do fato de poder criar seu universo. Aliás, ele estava quase desistindo da carreira de ator para se dedicar somente a dirigir peças e escrever, quando foi chamado para o filme “42”.
5- Lendo os autores certos
Chadwick Boseman estava no caminho certo para ser o Pantera Negra ainda criança. Ele conta que, quando jovem, leu muitos autores negros, como August Wilson (autor da peça Fences, que virou o filme “Um Limite Entre Nós“) e James Baldwin. Outro livro importante que ajudou a formá-lo foi a Autobiografia de Malcolm X.
4- Como virou o Pantera Negra
A história de como Chadwick Boseman foi chamado para ser o Pantera Negra é bem maluca. Ele conta que fez amizade com um segurança do estúdio na Austrália, quando gravava o filme Deuses do Egito, e sem nunca mencionar o Pantera Negra, ganhou do novo amigo uma revista do super-herói com um recado de que ele ainda seria o Pantera. Algum tempo depois, enquanto estava no tapete vermelho de Zurique para divulgar “Get on Up”, ele recebeu uma ligação com a proposta e topou na hora. Aparentemente, a ideia de que ele deveria viver o Pantera vinha circulando os bastidores da Marvel por um tempo.
3- Sotaque de Wakanda
É interessante ver o pensamento de Chadwick Boseman sobre o sotaque africano que o astro decidiu empregar em T’Challa, o rei de Wakanda e super-herói. Segundo ele, dar esse sotaque é fundamental para reforçar a ideia de ele não se “curvou” ao colonialismo, ou seja, não foi educado na Europa, como a maioria das pessoas pensaria a respeito de um rei africano. O astro ainda reforça com uma frase interessante: “colonialismo é o primo da escravidão”. “Eu queria estar completamente certo de não contribuir com essa ideia [de que T’Challa foi educado na Europa] porque isso seria contra tudo o que Wakanda é. Ela deveria ser a nação tecnologicamente mais avançada do planeta”, explicou ao Cnet. O sotaque que ele faz foi aprendido durante a gravação de “King: Uma História de Vingança”, thriller no qual Boseman viveu um personagem sul-africano.
2- Respeito por Stan Lee
Chadwick Boseman é fã de Stan Lee, criador do personagem Pantera Negra (junto com Jack Kirby). Ele não acha que é um problema o fato de que seu personagem foi criado por desenhistas e autores brancos. Boseman analisa que isso mostra o quanto Stan Lee tinha uma mente aberta (o Pantera Negra foi criado em 1966, em meio à luta pelos direitos civis nos Estados Unidos). “Os melhores criadores são aqueles que criam coisas que continuam a gerar coisas novas”, disse o ator em um discurso em Los Angeles.
1- Vozeirão e talento ainda escondido
Por mais que o currículo do ator esteja cada vez melhor, é fato que ainda vimos pouco de seu talento. Chadwick Boseman tem tudo para subir ainda mais na carreira, abocanhar muitos prêmios. Infelizmente, os filmes do ator não foram tão aclamados (a biografia de James Brown é boa, mas tem seus problemas), e poucos sabem do quanto ele pode oferecer. Um bom exemplo é o vídeo abaixo, no qual ele começa a cantar aos 49 segundos depois do play, e surpreende a todos. Por isso, precisamos torcer para que o novo homão da porra da Marvel (se cuida, Chris Hemsworth) esteja em mais filmes que apenas os do MCU, únicos com sua presença confirmada no futuro.