4 motivos para ver Mato Seco em Chamas no cinema!
Cinema Nacional

4 motivos para ver Mato Seco em Chamas no cinema!

Dia 23 de fevereiro, poderemos ver Mato Seco em Chamas no cinema. O filme chega ao circuito comercial. Dirigido por Adirley Queirós e Joana Pimenta, o filme tem se destacado pela força que imprime na tela.

A crítica já publicada aqui no Cinem(ação), escrita pela Fabiana Lima, destaca a mistura que o filme faz entre o ficcional e o documental, bem como a humanização de quem deveria ser mais ouvido na nossa sociedade. Há um plano, já bastante comentado entre quem viu o filme, em que o espectador “sai da ficção” e se vê no meio de uma manifestação a favor do ex-presidente: é neste momento que o filme contrapõe as realidades que apresenta.

Pensando nisso, optei por listar alguns motivos para assistir ao filme Mato Seco em Chamas no cinema – especialmente se você tiver acesso às salas em que o filme estrear.

1- O filme requer foco e imersão

Infelizmente, quando vemos um filme em casa, estamos bem mais suscetíveis a interrupções. O longa de Queirós e Pimenta tem duas horas e meia de duração. O tempo do filme e as percepções que ele propõe demandam que o espectador esteja investido e sereno, e isso é muito melhor na sala escura, com o celular devidamente desligado.

2- O cinema brasileiro precisa ser valorizado

Somos defensores de medidas de fomento à cultura e ao cinema brasileiro. Sabemos que as normas de cota de tela, o financiamento do audiovisual e o incentivo à cultura devem ser ações do Estado em congruência com os anseios da população. Mesmo assim, medidas individuais, como o esforço de cada um para ver filmes brasileiros no cinema pode ser uma forma de mandar uma mensagem aos exibidores.

3- Mais uma etapa do cinema de Adirley Queirós

O cinema potente de Adirley Queirós está em um novo capítulo. Após filmes como “A Cidade é Uma Só?”, “Era Uma Vez Brasília” e “Branco Sai, Preto Fica”, o cineasta mais uma vez discute os pormenores das relações sociais e os problemas enfrentados na periferia da capital federal. Desta vez, ele co-dirige com a cineasta Joana Pimenta, que estreia em longas e já tratou de temas semelhantes em seus curtas.

4- O presente que virou passado

Mato Seco em Chamas é um filme bastante político. Uma das personagens é candidata e faz campanha em prol do “Partido do Povo Preso”, colocando em discussão a realidade da população carcerária do país. A comentada cena “da vida real” que o filme mostra faz com que ele se conecte a diversas outras produções de nosso tempo, desde “Marte Um” até “Democracia em Vertigem”. Mas se o filme mostrava uma realidade do “presente” quando foi exibido nos festivais de 2022, agora ele mostra uma realidade que pode ser vista como um passado que nos assombra: a perspectiva permite refletir sobre as questões de outra maneira.

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