Crítica: Fique Tranquilo - 46ª Mostra de São Paulo
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Crítica: Fique Tranquilo – 46ª Mostra de São Paulo

Fique Tranquilo – Ficha técnica:
Direção: Andrew Bujalski
Roteiro: Andrew Bujalski
Nacionalidade e Lançamento: Brasil, 2022 (46ª Mostra de São Paulo)
Sinopse: A dúvida de um amante à luz fria da manhã desencadeia uma série de eventos de intimidades inquietantes, envolvendo conselheiros, disruptores, pacificadores e incendiários — todos procurando ter um pouco de sua fé recompensada de alguma maneira.
Elenco: Jason Schwartzman, Lili Taylor, Molly Gordon, Lennie James, Avi Nash, Annie LaGanga.

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Começamos nesse momento a ver uma série de filmes sendo lançados nos cinemas que foram feitos no auge da pandemia tentando usar a falta de recursos e de possibilidades daquele momento e do cinema ao seu favor e percebemos como muitos deles podem parecer perdidos no tempo.

É um pouco o caso de “Fique Tranquilo” (“There There”), novo filme do cineasta Andrew Bujalski, importante nome do cinema independente estadunidense e responsável pelo ótimo “Support the Girls” de 2018. O filme se concentra em diversas conversas diferentes entre diferentes pessoas que vão se conectando enquanto passam por diferentes locais e momentos, sendo entrelaçadas por um homem tocando instrumentos musicais.

Essas conversas têm como principais interesses as dificuldades das relações humanas e de trocar com o outro, porém elas parecem meramente estar lá para serem parte de um experimento cinematográfico que é o mais interessante do filme. Elas foram todas filmadas separadamente – até as que ocorrem no mesmo local – isolando os seus atores e depois juntando essas conversas na montagem.

E aí acaba acontecendo uma irregularidade nas conversas que realmente dialogam dentro desse sentimento de isolamento/coletividade e outras que parecem o mais do mesmo do diálogo do típico filme independente. Também parece existir uma certa preguiça na feitura do filme já que a montagem e os cortes acabam sendo facilmente percebidos, assim como detalhes de filmagem como a câmera fora do eixo dos personagens. E no final das contas as conversas – mesmo contando com um elenco talentoso – acabam parando numa série de reflexões filosóficas e existenciais que soam bastante batidas, assim como o próprio filme.

  • Nota
2

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