35 filmes para ver na Mostra de São Paulo em 2022

Com 223 filmes de 60 países diferentes, a 46ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, que ocorre de 20 de outubro a 2 de novembro, terá exibições dos filmes em diversos locais, conforme listado abaixo.

Acompanhe a cobertura do Cinem(ação)

Circuito Pago:

Cinemateca, Cine Marquise, Reserva Cultural, Cinesesc, Instituto Moreira Salles, Cineclube Cortina, Cine Satyros Bijou, MIS – Museu da Imagem e do Som, Espaço Itaú de Cinema (Augusta e Frei Caneca),

Circuito com valores populares:

Biblioteca Roberto Santos, CCSP – Centro Cultural São Paulo

Circuito Gratuito:

Vão Livre Do Masp, CEU Perus, CEU Meninos, CEU Vila Atlântica, Centro de Formação Cultural Tiradentes

Confira uma lista com alguns dos principais filmes do festival!

No site oficial você pode ver a programação completa.

Triângulo da Tristeza, de Ruben Östlund

Vencedor da Palma de Ouro no Festival de Cannes, vai abrir a 46ª Mostra na quarta-feira, dia 19, na Cinemateca Brasileira, em sessão para convidados. Outras sessões do filme estão na programação.

Sinopse: Os modelos Carl e Yaya navegam pelo mundo da moda enquanto exploram os limites do relacionamento. O casal é convidado para um cruzeiro de luxo. A princípio, tudo parece instagramável, mas uma tempestade começa a se formar e o cruzeiro termina de forma catastrófica. 

Bardo – Falsa Crônica de Algumas Verdades, de Alejandro Iñarritu

Exibido em Veneza, o longa é do vencedor do Oscar de Direção por Birdman e O Regresso – dois anos seguidos.

Sinopse: Um renomado jornalista e documentarista mexicano volta para casa e atravessa uma crise existencial, enquanto luta com sua identidade, com as relações familiares e com a loucura de suas lembranças

Nada de Novo no Front, de Edward Berger

Exibido em Toronto, o filme alemão é da Netflix e tem Daniel Brühl no elenco.

Sinopse: Paul Baumer e seus amigos se alistam voluntariamente no exército alemão, movidos por um fervor patriótico que rapidamente se dissipa quando se deparam com a realidade brutal do combate. As crenças de Paul sobre o inimigo e as noções de certo e errado logo desmoronam.

Sem Ursos, de Jafar Panahi

Exibido em Veneza e Toronto, o filme é do sensível diretor iraniano de Táxi Teerã e 3 Faces.

Sinopse: Um retrato de duas histórias de amor contadas em paralelo. Em ambas, os amantes são afetados por obstáculos ocultos e inevitáveis, pela força da superstição local e pelos mecanismos do poder.

Conto de Fadas, de Alexander Sokurov

Exibido no Festival de Locarno, o filme russo é uma declaração civil e artística sobre líderes que determinaram o “destino do planeta”: Stalin, Churchill, Mussolini e Hitler.

Sinopse: Era uma vez dois vagabundos… Não, três… Não, quatro, na verdade… Mas havia outros, muitos diferentes… Eu os conhecia. Por muito tempo. Mas com eles eu me sentia desconfortável. 

Pacifiction, de Albert Serra

Exibido em Cannes, o filme é coprodução Espanha, França, Alemanha, Portugal.

Sinopse: Na ilha polinésia francesa do Taiti, encontra-se De Roller, alto funcionário da República e oficial do governo francês, um homem calculista de educação impecável. Sua habilidade social e seu papel na região o levam a navegar tanto pelos círculos mais ricos e abastados, quanto por locais obscuros, onde ele se mistura com a população mais pobre, especialmente quando um boato começa a circular: o avistamento de um submarino cuja presença fantasmagórica poderia anunciar o retorno dos testes nucleares franceses.

One Fine Morning, de Mia Hansen Løve

Exibido em Cannes e Toronto, o filme da celebrada cineasta francesa tem Léa Seydoux no elenco.

Sinopse: Sandra é uma jovem mãe viúva que cuida sozinha da filha e do pai doente. Ela lida com o rompimento da relação que um dia teve com o pai, enquanto briga com a mãe e a irmã, ao mesmo tempo em que se reaproxima de Clément, um velho amigo.

Os Anos do Super 8, de David Ernaux-Briot e Annie Earnaux

O documentário com cenas de arquivo da vida de Annie Ernaux se torna ainda mais importante logo agora, em que a escritora ganhou o Nobel de Literatura.

Sinopse: “Ao rever nossos filmes em Super 8, rodados entre 1972 e 1981, me ocorreu que eles não eram apenas um arquivo familiar, mas um testemunho dos passatempos, estilo de vida e aspirações de uma classe social na década após 1968”.

The Kingdom Exodus, de Lars Von Trier (dois episódios)

A série do cineasta Lars Von Trier teve sua primeira temporada produzida em 1994, a segunda em 1997, e agora vem com a terceira temporada, que terá dois episódios exibidos na 46ª Mostra de São Paulo.

Sinopse: Em uma noite de sonambulismo, Karen caminha sem rumo na escuridão e inexplicavelmente acaba na frente de um hospital de Copenhague. 

Noite Exterior, de Marco Bellocchio

A superprodução de 5h30min do diretor Marco Bellocchio será exibida em duas partes, em sessões sequenciais na Mostra (cada uma com cerca de 2h40min).

Sinopse: Em 1978, a Itália está devastada por uma guerra: na história das nações ocidentais, o primeiro governo apoiado por um Partido Comunista (PCI) está prestes a assumir o poder numa aliança única com o bastião nacional do conservadorismo, os Democratas Cristãos (DC). Aldo Moro, presidente do DC, é o principal proponente deste acordo. No mesmo dia da cerimônia de posse desta nova formação governamental, em 16 de março de 1978, Moro é sequestrado numa armadilha que deixa todos seus guarda-costas mortos. 

Kobra Auto Retrato, de Lina Chamie

A cineasta Lina Chamie (São Silvestre, Os Amigos, A Via Láctea) comanda a história do artista Eduardo Kobra, famoso por seus murais. Ele é o autor do cartaz da 46ª Mostra de São Paulo. O filme será exibido no Vão Livre do MASP dia 21/10.

Sinopse: Em uma noite de insônia, Kobra revê sua vida desde a infância difícil na periferia até o sucesso mundial como muralista. Os acontecimentos se desenrolam entre a realidade e o sonho.

Amazônia, a nova Minamata?, de Jorge Bodanzky

Mais um documentário do grande documentarista Jorge Bodanzky.

Sinopse: Lideranças Munduruku, como Alessandra Korap, percebendo que há algo errado com a saúde de seu povo, convidam médicos e pesquisadores para investigar se eles estão contaminados por mercúrio. O neurologista Erik Jennings e pesquisadores da Fiocruz fazem um diagnóstico e revelam os altos índices de contaminação por este metal pesado, tradicionalmente associado à atividade garimpeira de ouro e à destruição da floresta. Mas os médicos enfrentam resistência dos garimpeiros e até do governo brasileiro para poder apresentar os resultados aos Mundurukus.

Noites Alienígenas, de Sérgio de Carvalho

Grande vencedor do Festival de Gramado, o filme é o primeiro longa de ficção do diretor Sérgio de Carvalho.

Sinopse: Na Amazônia urbana, onde a ancestralidade dos povos tradicionais resiste frente à contemporaneidade que parece negar a floresta, acompanhamos as vidas de três jovens amigos de infância, na periferia de Rio Branco, no Acre, que se entrelaçam e, por fim, encontram-se em uma tragédia comum, em uma sociedade em transformação e impactada de forma violenta com a chegada do crime organizado do sudeste do Brasil.

Terceira Guerra Mundial, de Houman Seyedi

Vencedor dos prêmios de Melhor Filme e Melhor Ator da seção Horizonte no Festival de Veneza.

Sinopse: Shakib é um operário sem-teto que não consegue superar a perda de sua esposa e filho em um terremoto anos atrás. Nos últimos dois anos, ele passou a se relacionar com Ladan, uma mulher surda e muda. O canteiro de obras em que ele trabalha serve de cenário para um filme sobre as atrocidades cometidas por Hitler durante a Segunda Guerra Mundial. Inesperadamente, ele recebe um papel no filme, uma casa e a chance de um recomeço.

Lobo e Cão, de Claudia Varejão

Filme português vencedor do prêmio de Melhor Filme da Jornada dos Autores no Festival de Veneza.

Sinopse: Ana nasceu em São Miguel, uma ilha no meio do Oceano Atlântico marcada pela religião e pelas tradições. Ela percebeu cedo que as garotas têm tarefas distintas dos rapazes. Através da sua amizade com Luís, seu melhor amigo queer que gosta tanto de vestidos quanto de calças, Ana questiona o mundo que lhe foi prometido.

Nezouh, de Soudade Kaadan

Vencedor do Prêmio do Público da seção Horizontes Extra, do Festival de Veneza.

Sinopse: Zeina, uma garota de 14 anos, e sua família são os últimos a permanecer na cidade sitiada de Damasco, na Síria. Um míssil abre um enorme buraco na casa deles, expondo-os ao mundo exterior. Quando uma corda misteriosamente surge através desse buraco, Zeina experimenta pela primeira vez a sensação de liberdade, e um mundo inimaginável de possibilidades se abre para ela.

Blanquita, de Fernando Guzzoni

O filme do diretor chileno foi vencedor do prêmio de melhor roteiro na seção Horizontes, em Veneza.

Sinopse: Blanca, uma jovem de 18 anos que mora num lar adotivo, é a principal testemunha de um escândalo envolvendo crianças, políticos e homens ricos participando de festas sexuais. Ao mesmo tempo, quanto mais questões surgem, menos evidente será o envolvimento de Blanca nesta história.

As Oito Montanhas, de Felix van Groeningen e Charlotte Vandermeersch

Filme italiano de idealizadores belgas venceu o Prêmio do Júri no Festival de Cannes.

Sinopse: Pietro é um garoto da cidade, enquanto Bruno é o último filho de uma vila esquecida e isolada nas montanhas. Ao longo dos anos, Bruno permanece fiel à sua terra natal e à sua montanha, enquanto Pietro retorna e vai embora constantemente. Os encontros entre os dois revelam o amor e a perda, lembrando-os de suas origens, enquanto Pietro e Bruno descobrem o verdadeiro significado da amizade.

Boy From Heaven de Tarik Saleh

Considerado o Melhor Roteiro no Festival de Cannes, o filme é coprodução de países europeus e se passa no Egito.

Sinopse: Adam, filho de um pescador, recebe o priviégio de estudar na Universidade Al-Azhar do Cairo, o epicentro do poder do islamismo sunita. Pouco após sua chegada na cidade, a maior liderança religiosa da universidade, o Grande Imã, morre repentinamente. Adam logo se torna uma peça nesse jogo brutal pelo poder entre os religiosos egípcios e a elite política.

La Jauría, de Andrés Ramírez Pulido

O filme franco-colombiano foi vencedor do Grande Prêmio da Semana da Crítica, em Cannes.

Sinopse: Eliu está preso em uma instituição experimental para jovens infratores, no coração da floresta tropical colombiana, por um crime que cometeu com seu amigo El Mono. Todos os dias, os adolescentes realizam pesados trabalhos braçais e passam por uma intensa terapia de grupo. Um dia, El Mono é transferido para a mesma instituição e junto dele vem o passado do qual Eliu está tentando fugir.

Joyland, de Saim Sadiq

O filme paquistanês ganhou o Prêmio do Júri na Mostra “Um Certo Olhar” (Um Certain Regard) do Festival de Cannes.

Sinopse: No coração de Lahore, cidade metropolitana e conservadora, vive a família Rana, um núcleo de classe média-baixa patriarcal e feliz, que anseia pelo nascimento de um menino para continuar a linhagem familiar. É então que seu filho mais novo passa a trabalhar secretamente com dança erótica e se apaixona por uma ambiciosa estrela trans.

Febre do Mediterrâneo, de Maha Haj

Elogiado em Cannes, o filme da israelense Maha Haj recebeu o prêmio de Melhor Roteiro na mostra Um Certo Olhar.

Sinopse: Waleed tem 40 anos e vive em Haifa, Israel, com sua esposa e filhos. Sonhando em investir na carreira literária enquanto luta contra uma depressão crônica, ele desenvolve um relacionamento próximo com seu vizinho, um trambiqueiro com objetivos secretos a longo prazo. Esses planos se transformam em uma amizade inesperada entre os dois, e os conduz a uma jornada de encontros sombrios.

Os Irmãos de Leila, de Saeed Roustaee

Vencedor do Prêmio da Crítica Internacional na mostra Um Certo Olhar, do Festival de Cannes.

Sinopse: Leila tem 40 anos e passou a vida inteira cuidando dos pais e dos quatro irmãos. A família está soterrada em dívidas num país afetado pelas sanções econômicas internacionais. Enquanto buscam desesperadamente por melhores condições, Leila descobre que seu pai tem mantido em segredo uma relíquia familiar, revelação que torna mais caótica a dinâmica familiar.

Alcarrás, de Carla Simón

O filme franco-italiano que levou o Urso de Ouro no Festival de Berlim.

Sinopse: A cada verão, a família Solé passa a estação colhendo os pêssegos de seu pomar em Alcarràs, um pequeno vilarejo na Espanha. Mas a colheita deste ano pode ser a última deles, que se veem ameaçados de despejo. Pela primeira vez, eles se deparam com um futuro incerto, correndo o risco de perder muito mais do que a casa.

O Filme da Escritora, de Hong Sang-so

O vencedor do Urso de Prata de Grande Prêmio do Júri do Festival de Berlim também chama atenção por ser do cultuado diretor coreano.

Sinopse: Uma escritora faz uma longa viagem para visitar uma livraria, administrada por uma amiga mais jovem com quem perdeu contato. Ela, então, sobe uma torre sozinha e encontra um diretor de cinema e sua esposa.

Manto de Jóias, de Natalia López Gallardo

Vencedor do Urso de Prata do Júri do Festival de Berlim, o filme é o primeiro longa da mexicano-boliviana que editou filmes de grandes cineastas como Carlos Reygadas (Luz Silenciosa), Amat Escalante (Heli) e Lisandro Alonso (Jauja).

Sinopse: Em meio a um divórcio, Isabel deixa a cidade com os dois filhos e parte para a casa de campo abandonada de sua família. Lá, ela descobre que a irmã de sua governanta, María, está desaparecida. Roberta, a comandante da polícia responsável pelas investigações do caso, tenta tirar seu filho das mãos dos cartéis.

Com Amor e Fúria, de Claire Denis

O filme da grande cineasta francesa foi vencedor do Urso de Prata de Melhor Direção em Berlim.

Sinopse: Sarah e Jean se amam. Eles moram juntos há muitos anos e o amor entre eles os torna felizes e fortes. Certa manhã, Sarah cruza com François, que a apresentou a Jean, e a quem ela abandonou no passado.

Mutzenbacher, de Ruth Beckermann

Documentário austríaco que levou o principal prêmio na seção Encounter em Berlim.

Sinopse: Com um anúncio em um jornal, a diretora Ruth Beckermann anuncia o teste de elenco para um filme baseado em um conhecido texto pornográfico — Josefine Mutzenbacher ou A História de uma Prostituta Vienense, publicado anonimamente em 1906. O filme mostra uma centena de homens confrontados com excertos desse romance, numa época em que o sexo é mais onipresente do que nunca, ao mesmo tempo em que nos encontramos em um ambiente cada vez mais moralista.

Los Reyes del Mundo, de Laura Mora

Vencedor do prêmio de Melhor Filme no Festival de San Sebastián.

Sinopse: Cinco garotos de rua de Medellín, sem lei e sem família, embarcam em uma viagem para reivindicar um terreno que um deles herdou após um longo processo de restituição de terras. 

Quem Os Impede, de Jonás Trueba

Vencedor do prêmio da crítica e de melhor atuação para o elenco no Festival de San Sebastián, e de Melhor Atriz para Candela Recio no Festival de Mar del Plata.

Sinopse: Em algum lugar entre o documentário, a ficção e o registro de depoimentos, jovens se mostram como realmente são, como raramente os vemos, ou como nos deixam ver: revelando fragilidades e suas emoções, falando sobre amor, amizade, política ou educação.

Você Tem Que Vir e Ver, de Jonás Trueba

Outro filme do mesmo diretor de “Quem os Impede”, este longa foi vencedor do Prêmio Especial do Júri no Festival de Karlovy Vary.

Sinopse: Dois casais na casa dos trinta anos, discussões acaloradas sobre a essência da vida, que se desenrolam entre Madri e o interior da Espanha, numa viagem por sentimentos profundos e questões existenciais mergulhados em melancolia e algum humor.

Regra 34, de Julia Murat

Filme brasileiro vencedor do Leopardo de Ouro de Melhor Filme no Festival de Locarno.

Sinopse: Simone é uma jovem defensora pública que protege mulheres em casos de abuso. No entanto, seus próprios interesses sexuais a levam a um mundo de violência e erotismo.

Tenho Sonhos Elétricos, de Valentina Maurel

Vencedor dos prêmios de Melhor Direção, Atriz e Ator no Festival de Locarno.

Sinopse: Eva é uma garota de 16 anos, inquieta e de temperamento forte que vive com sua mãe, sua irmã mais nova e seu gato, mas quer desesperadamente morar com seu pai, de quem é distante. Ela se equilibra entre a ternura e a sensibilidade da juventude e a dureza do mundo adulto.

Armageddon Time, de James Gray

Exibido em Cannes e na abertura da Mostra de São Paulo, o filme tem potencial para a temporada de premiações estadunidense. Leia a crítica!

Sinopse: Uma história de amadurecimento profundamente pessoal sobre a força de uma família e a busca de uma geração pelo sonho americano.

That Kind of Summer, de Denis Côté

Exibido no Festival de Berlim, o filme canadense é provocativo e profundo.

Sinopse: Convidadas a uma casa de repouso para explorarem seus desejos sexuais, três mulheres passam dias e noites tentando dominar seus conflitos internos. Sob a supervisão amigável de uma terapeuta alemã e de um esforçado assistente social, o grupo tenta manter um equilíbrio delicado.