43 filmes brasileiros no streaming que você precisa ver!
Existem diversos filmes brasileiros no streaming: as plataformas mais comuns estão repletas de produções nacionais de alta qualidade! Além de serem filmes fundamentais para quem é apaixonado por cinema, eles também são obras culturais importantes, que contam um pouco da nossa história como país e geram identificação cultural.
Além disso, conforme comentamos no Podcast 416, a falta de exigência de filmes brasileiros nas plataformas de streaming, bem como o baixo investimento dos serviços de streaming estrangeiros em produções nacionais, fazem com que assistir às produções brasileiras ajude-os a enxergar a importância de ter esses filmes no catálogo.
Nas proximidades de 19 de junho, Dia do Cinema Brasileiro, temos a oportunidade perfeita para conhecermos mais filmes e acessarmos alguns que você pode não ter tido a oportunidade de ver.
Entre clássicos, grandes obras e produções impactantes, confira os filmes brasileiros no streaming que já passou da hora de assistir:
Bacurau (Telecine)
COMO ASSIM VOCÊ AINDA NÃO VIU BACURAU? Apesar da brincadeira com a pergunta que virou até meme, fique tranquilo caso não tenha visto. Aproveite e acesse o Telecine para finalmente assistir ao “western” de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles. Ou reveja, se já tiver visto!
Alguma Coisa Assim (Netflix)
O longa de Esmir Filho e Mariana Bastos é derivado de um curta e fala sobre amores em tempos de liquidez, amadurecimento e encontros e desencontros. É um filme de amizade que faz a gente querer viver intensamente, mas também ajuda a pensar em várias coisas da vida. Lindo.
Cidade de Deus (Telecine)
O filme de Fernando Meirelles e Kátia Lund já virou clássico. Além da narrativa que reúne diversas histórias e da edição ágil e intensa, o filme retrata uma visão importante a respeito da formação das favelas e da violência urbana no nosso país. Entre os filmes brasileiros no streaming, está no top 5!
Aquarius (Telecine/Netflix)
Em Aquarius, de Kleber Mendonça Filho, vemos Sônia Braga em uma de suas melhores performances. Além de acompanharmos uma trama que fala sobre a gentrificação dos bairros, também vemos um drama de uma mulher que chegou a uma idade que lhe permite, talvez, ser ainda mais livre do que antes.
Meu Nome Não é Johnny (Prime Video)
O longa com Selton Mello e Cléo Pires, dirigido por Mauro Lima, é desses que conta uma história real e ainda tem cenas divertidas graças a personagens engraçados. Mesmo assim, é uma história de redenção e de recuperação.
Minha Fama de Mau (Telecine)
O filme biográfico do “tremendão” Erasmo Carlos surpreendeu muita gente ao se mostrar um ótimo filme. Estrelado por Chay Suede e repleto de referências musicais da época em que se formou a amizade mais famosa do Brasil. O longa entra para a lista das muitas cinebiografias do cinema nacional.
As Melhores Coisas do Mundo (Telecine)
São tantos filmes brasileiros no streaming, mas o de Laís Bodanzky é um ótimo coming-of-age leve e divertido, que ainda traz uma mensagem muito positiva sobre amizade e maturidade. A realidade tecnológica mostrada nas relações entre os jovens pode parecer um pouco ultrapassada, mas reflete questões que existem ainda hoje. Ah, e tem músicas ótimas na trilha sonora!
Ilha das Flores (Telecine)
O curta-metragem documentário de Jorge Furtado se tornou, para muita gente, um verdadeiro símbolo das aulas na escola, já que o didático vídeo é mostrado em salas de aula do país até hoje. No entanto, Ilha das Flores é muito mais do que uma aula sobre desigualdade social e capitalismo: é uma aula de cinema. Se alguém precisar provar o quanto o storytelling é poderoso na hora de passar uma mensagem, basta assistir Ilha das Flores.
Eles Não Usam Black-Tie (Telecine)
É impressionante como “Eles Não Usam Black-Tie” é um filme muito atual. O filme de 1981 é dirigido por Leon Hirszman e baseado na peça de Gianfrancesco Guarnieri. Fala sobre a luta dos trabalhadores dentro dos sindicatos, justamente na época em que os sindicatos ressurgiam no fim da Ditadura. Considerando os problemas que os trabalhadores enfrentam até hoje, dá pra ver por que o filme fala com os dias atuais. Um grande clássico entre os filmes brasileiros no streaming
Somos Tão Jovens (Prime Video)
Meio biografia, meio homenagem, Somos Tão Jovens tenta contar a história de Renato Russo com um viés menos óbvio. O longa de Antonio Carlos da Fontoura visa mostrar uma Brasília efervescente e retrata as inquietudes dos jovens da época – não muito diferentes das de hoje.
Todos os Mortos (Telecine)
O longa de Marco Dutra e Caetano Gotardo parece um filme de época. De certa forma, ele é, mas também é disruptivo ao conectar a história de relações raciais com os dias de hoje. Na história, que mostra um horror subjacente, vemos brancos que tentam manter a mesma estrutura de relações, e negros que tentam romper com isso.
Deus e o Diabo na Terra do Sol (Telecine)
Não é apenas um clássico do Cinema Novo. Deus e o Diabo na Terra do Sol, de Glauber Rocha, é a representação de um Brasil religioso e violento, que precisa enfrentar essas questões em meio à miséria. O filme de 1964 é profundo, repleto de simbolismos, e parte da história do nosso país.
Três Verões (Telecine)
Outro filme recente de Sandra Kogut traz Regina Casé novamente no papel de uma empregada, mas aqui as relações são outras e o foco é diferente. O filme é hilário e ao mesmo tempo dramático. Três Verões conta a história da empregada de uma família de políticos envolvidos em escândalos de corrupção e mostra como ela enxerga a situação. Outro retrato importante do Brasil recente.
Música Para Morrer de Amor (Telecine)
Baseado em uma peça teatral, o filme de Rafael Gomes faz jus ao título e mostra pessoas perdidamente apaixonadas. É o filme ideal para quem gosta de romance e reclama que filmes brasileiros só falam de violência. Os personagens são apaixonantes e a sensação no fim é de quentinho no coração.
Hoje Eu Quero Voltar Sozinho (Netflix)
Quem quer filme leve adolescente cheio de reviravoltas vai adorar o longa de Daniel Ribeiro. Hoje Eu Quero Voltar Sozinho é desses filmes cults que encantam pela simplicidade e pela verdade que o filme evoca de seus atores. Sem contar o significado que o filme tem para muita gente entre tantos filmes brasileiros no streaming
Casa Grande (Netflix)
Outro excelente filme brasileiro coming-of-age é Casa Grande, de Fellipe Barbosa. É mais um desses filmes que usa uma história pessoal para comentar um período específico do Brasil, quando houve a crise que quebrou diversos investidores. O jovem Jean precisa lidar com uma nova realidade, e junto com isso vem a maturidade.
Sócrates (Telecine)
Denso e pesado, o filme de Alexandre Moratto foi gravado na baixada santista pode ser o “Moonlight brasileiro”. Mas as comparações não vão muito além da história do jovem negro gay que busca ser aceito. De resto, é um filme brasileiro demais e repleto de decisões corajosas – do roteiro e do protagonista.
Praia do Futuro (Telecine)
No filme de Karim Aïnouz, estrelado por Wagner Moura e Jesuíta Barbosa, vemos um repensar das masculinidades. É drama e sai da famosa praia de Fortaleza para a fria Berlim. Na história de dois irmãos apartados pelo destino, mergulhamos na história de personagens quebrados buscando um significado para as coisas. Tudo com a linda música de David Bowie como trilha sonora.
45 Dias Sem Você (Telecine)
Assim como Música Para Morrer de Amor, este filme também é do Rafael Gomes, também fala de amor e relações de uma forma bem “millennial”, e também se propõe a ser leve, bonitinho. Mas 45 Dias Sem Você também tem viagens (saudades de viajar?) e vários países como cenário, para que a gente possa ter aquele gostinho de fazer um mochilão e sair por aí meio sem rumo.
Ponte Aérea (Netflix)
Se você gosta de falar sobre relacionamentos (pós) modernos, Ponte Aérea é o filme. O longa de Júlia Rezende mostra um relacionamento cheio de altos e baixos formado por duas pessoas de diferentes lugares. Tudo moderno, com pessoas bem estabelecidas, e um final emocionante. Afinal, será que amar é coisa de outros tempos?
Praça Paris (Telecine)
Sabe aquele soco no estômago? É Praça Paris, de Lúcia Murat. O filme mostra uma realidade difícil, tem atrizes fortes, discute o choque racial e social do país, além de mostrar uma relação entre psicólogo e paciente que faz do filme um thriller intenso.
Bruna Surfistinha (Telecine)
Tem conservador que não gosta desse filme porque acha “errado” um filme brasileiro ter cenas de “putaria”. Mas além de ter sido um sucesso comercial na época do seu lançamento, o filme Bruna Surfistinha, de Marcus Baldini, retrata uma história real e é um comentário sobre a busca de uma jovem por aceitação em uma sociedade que abandona e desvaloriza a mulher. Mas dá pra se divertir com as cenas de sexo, por que não? Aposto que você gosta, né?
É Proibido Fumar (Prime Video)
Um dos filmes brasileiros disponíveis no Prime Video é de Anna Muylaert: É Proibido Fumar. O longa fala sobre uma personagem presa ao passado e traz Glória Pires e Paulo Miklos em uma história cheia de reviravoltas.
Benzinho (Telecine)
Retrato do Brasil dos anos 2010, Benzinho conta a história de uma mãe protetora com medo pela oportunidade de seu filho morar em outro país. Estrelado por uma Karine Telles extremamente sensível, o filme foi exibido pela primeira vez em Sundance e ganhou o mundo.
Que Horas Ela Volta? (Telecine)
“Que Horas Ela Volta?” é muito mais do que a cena da Regina Casé na piscina. É muito mais do que apenas uma história. É um retrato do Brasil e um convite para a reflexão sobre relações de poder que moldam a nossa sociedade. O longa de Anna Muylaert também fala de um Brasil que estava em transformação, e pode ser usado para refletir sobre o Brasil atual.
Depois a Louca Sou Eu (Prime Video)
O filme de 2019 de Júlia Rezende, estrelado por Débora Falabella, fala sobre saúde mental nos dias de hoje. É uma trama leve, com narração em off, mostrando que é adaptação de um livro. E no fim, é daqueles filmes gostosos para ver numa tarde de domingo.
Central do Brasil (Telecine)
Esse também é clássico! Road movie especial e maravilhoso indicado ao Oscar, dirigido por Walter Salles e com Fernanda Montenegro em seu ápice. Não tem como não se emocionar, mesmo que esteja vendo o filme pela 10ª vez.
Cinema, Aspirinas e Urubus (Netflix)
Eis um filme curioso, diferente, e cheio de detalhes. É o famoso Brasilzão “de verdade” retratado pela lente de Marcelo Gomes. A história se aproveita da época em que se passa para mostrar a miséria do Brasil e tecer um comentário sobre as diferenças culturais. Mesmo assim, é leve e encantador de assistir.
O Animal Cordial (Netflix)
O incrível filme de Gabriela Amaral Almeida é tudo o que um terror precisa ser: poderoso, chocante, violento e político. Só não enxerga política (e daquelas que cutucam as feridas) quem não quiser. O Animal Cordial brinca com a ideia do homem cordial justamente para discutir isso. Mas você pode assistir só pra ver sangue, se quiser…
Boi Neon (Netflix)
O sensível filme de Gabriel Mascaro fala sobre masculinidades e trata de questões relacionadas ao sexo com naturalidade. Acima de tudo, é um festival de simbolismos com a cerca e o cenário das vaquejadas. Como diria Bong Joon Ho, “this is cinema”.
Edifício Master (Telecine)
O maravilhoso documentário de Eduardo Coutinho se destaca pela forma singela como conta a vida das pessoas. No desejo de contar as histórias de pessoas que moram no local do título, Edifício Master é uma aula de como retratar a vida de pessoas simples de forma respeitosa. Coutinho, um dos maiores mestres que o Brasil já teve, extrai beleza da vida cotidiana como ninguém.
Laerte-se (Netflix)
O documentário de Lygia Barbosa e Eliane Brum explora a vida da cartunista Laerte. Não tem mais o que dizer: o resto é mergulhar nessa mente brilhante e nesse documentário tão sensível.
M-8: Quando a Morte Socorre a Vida (Netflix)
Necessário demais. O filme de Jeferson De fala sobre necropolítica e sobre racismo estrutural, mas também é uma trama de alguém obstinado. M-8: Quando a Morte Socorre a Vida tem Juan Paiva, Ailton Graça e participação de Zezé Motta.
Reflexões de um Liquidificador (Netflix)
Divertido e irônico, o filme de André Klotzel ainda surpreende muita gente mesmo depois de mais de 10 anos. Além da voz de Selton Mello como um liquidificador (sim!), o filme é uma história de humanidade e questionamentos sobre o que é ser gente ou máquina. Mas o mais importante é que é uma comédia divertidíssima.
Paraíso Perdido (Netflix)
Paraíso Perdido é desses filmes que fica. Tem algo nele que é quente, humano e verdadeiro. O longa com Erasmo Carlos, Júlio Andrade e grande elenco tem direção de Monique Gardenberg e explora as boates do submundo com suas histórias humanas. E ainda vem cheio de música brega, das boas!
Sinfonia da Necrópole (Netflix)
Se o assunto é música, o musical brasileiro mais legal se passa em um cemitério. O filme de Juliana Rojas é engraçado, irônico, cheio de canções. Mostra a morte para falar sobre a vida. E vale a pena cada segundo.
Latitudes (Prime Video)
Outro filme para viajar sem sair de casa, “Latitudes” tem Alice Braga e Daniel de Oliveira vivendo um romance em paisagens exuberantes. O filme de Felipe Braga discute o fato de sermos pessoas diferentes em lugares diferentes, e é bem “pós-moderno”.
Boca (Prime Video)
Se a ideia é ver o ator Daniel de Oliveira em uma de suas atuações mais importantes, o filme “Boca” conta a história real de Hiroito Moraes Joanides, criminoso que foi o “rei da Boca do Lixo” nos anos 1950 e 1960. É retrato de uma realidade que todo mundo precisa conhecer.
O Silêncio do Céu (Netflix)
Se você quer um thriller forte e intenso, de roer as unhas, o longa uruguaio-brasileiro de Marco Dutra tem Leonardo Sbaraglia e Carolina Dieckman fazendo a gente pensar nas coisas que mais nos dão medo.
Democracia em Vertigem (Netflix)
Mais um documentário que muita gente viu, e pode ser que você queira (re)ver o doc indicado ao Oscar. De maneira pessoal, Petra Costa analisa o processo de impeachment (cofcofgolpecofcof) de Dilma Roussef, chegando até a eleição de 2018. Ótimo para entender a vertigem que levou nossa democracia ao desmaio.
Elena (Netflix)
Antes de bombar com Democracia em Vertigem, Petra Costa fez uma viagem pessoal para investigar e refletir sobre a morte de sua irmã, Elena. É um documentário diferente de tudo que você já viu, cheio de questionamentos. No fim, a cineasta tenta encontrar a si mesma ao longo do filme, e o espectador acaba fazendo o mesmo.
Estômago (Telecine)
Divertido e cínico, “Estômago” é aquele tipo de filme que fica na cabeça depois de vermos. Como diz o título, é um filme visceral. O diretor Marcos Jorge e os atores João Miguel, Fabiula Nascimento e Babu Santana fazem cenas icônicas (putanesca?). Não tem como não se divertir… mas também ficar com alguma sensação esquisita.
Gonzaga – De Pai pra Filho (Telecine)
Biografia “dois em um”, a história de Luiz Gonzaga e Gonzaguinha tem direção de Breno Silveira e mostra duas gerações de músicos com diferentes objetivos. É um filme sobre a relação e reaproximação desses dois personagens, mas também fala sobre as mudanças dos tempos, e ainda nos ajuda a lembrar da obra desses dois gigantes da nossa música.
Comente qual seu favorito entre os filmes brasileiros no streaming!