Crítica: Quando nos Conhecemos (2018) – Original Netflix
Quando nos Conhecemos é uma comédia romântica que tenta ser diferente, mas é bem mais do mesmo
Ficha técnica:
Direção: Ari Sandel
Roteiro: John Whittington
Elenco: Adam Devine, Alexandra Daddario, Shelley Hennig
Nacionalidade e lançamento: EUA, 09 de fevereiro de 2018 na Netflix
Ao assistir uma comédia romântica meio que você sabe o que esperar. As fórmulas estão aí e raramente são desvirtuadas. Bom para uma parte do público que gosta de sempre provar o mesmo e ruim para o cinema que fica preso a velhos esquemas.
Confira a crítica de outros originais Netflix lançados em 2018: O Rei da Polca , Vende-se Esta Casa , Step Sisters , Fútil e Inútil , The Cloverfield Paradox , Blockbuster
Quando nos Conhecemos acha que brinca com alguns clichês, vide o flahsback inicial que quem não viu trailer e foi seco para o filme teve uma boa surpresa, porém no todo a estrutura é muito formulaica e conforme o filme avança mais previsível e esquecível ele se torna.
O mote aqui passa por viagem no tempo. Lembrar de Questão de Tempo e Feitiço do Tempo é natural, e sim eles fizeram algo bem melhor no gênero do que o Quando nos Conhecemos. Todas as idas e vindas aqui seguem a mesma base: se tentar consertar vai piorar.
Ou seja, o aprendizado vem pela dor e é aquele aprendizado raso. O protagonista tem uma transformação, mas que é 100% antecipável por quem já viu algum filme nessa linha. Os demais personagens pouco fazem, restringindo-se a girar em torno da bagunça de Noah (Adam Devine).
O ritmo ágil e a boa montagem inicial perdem força e saturam. Quanto mais Noah avança no conhecimento da dinâmica, mais pobre fica Quando nos Conhecemos, quando obviamente o contrário deveria ocorrer.
O protagonista falho, egoísta e fracassado é outro modelo que aposta em uma identificação com o público e que no fundo traz pouco de novidade. Tanto que as composições dos atores você já viu algumas vezes.
Diante de algo tão convencional, seria interessante ver uma quebra ou mesmo uma autoconsciência. Não, o longa é só aquilo mesmo. Uma pena que parte do humor, por exemplo, baseie-se em bater com a cara no chão ou no alívio cômico no amigo negro.
Apesar de todas as ressalvas, é possível se engajar naquele universo e extrair alguns momentos que salvam o filme de um desastre completo. Ainda assim é muito pouco para um elogio além…