Crítica: O Rei da Polca (2018) - Primeiro Original Netflix do Ano
O Rei da Polca
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Crítica: O Rei da Polca (2018) – Primeiro Original Netflix do Ano

O Rei da Polca é divertido e tem um personagem quase surreal.

Ficha técnica:
Direção e roteiro: Maya Forbes, Wallace Wolodarsky
Elenco: Jack Black, Jason Schwartzman, Jacki Weaver, Jenny Slate
Nacionalidade e lançamento: EUA, 2017 (12 de janeiro de 2018 no Brasil, diretamente na Netflix)

O Rei da Polca

Qual a receita para uma boa comédia? Difícil falar uma fórmula certa, mas temos alguns ingredientes: história absurda, ator carismático, montagem ágil e algum exagero é sempre bem-vindo no gênero. Temos todos esses elementos em O Rei da Polca, primeiro filme que a Netflix lança em 2018.

Confira aqui a crítica do segundo e terceiro filmes lançados na Netflix:

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Jan Lewan, polonês erradicado nos EUA, construiu um império a partir da Polca, notas promissórias e fundamentalmente muita lábia. O filme conta o arco de como ele fez coisas incríveis – certas ou não, aí fica para vocês julgarem… Vale, como complemento, ver o documentário The Man Who Would Be Polka King, também presente na Netflix, para conhecer mais da figura (recomendo ver antes o filme de ficção).

A escolha de Jack Black como o cantor/empreendedor foi muito acertada. O ator que recentemente brilhou em Jumanji: Bem-Vindo à Selva, traz outro ótimo papel – dentro do limite da proposta. Com muita desenvoltura nos palcos, fica quase impossível não querer ouvir o que aquele homem tem a dizer fora deles.

A fisicalidade e expressões cômicas estão bem delineadas (repare nas caretas que ele faz quando tem uma ideia), nos poucos momentos de drama, Black não atinge o mesmo nível, porém não chega a prejudicar. Todo o figurino com penduricalhos vários, roupas coloridas e cenários extravagantes também ajudam nessa composição.

Os demais atores também vão bem e integram um conjunto de personagens rasos e monotônicos, porém funcionais. A questionadora sogra (Jacki Weaver), o inocente músico (Jason Schwartzman) e a companheira (Jenny Slate, inclusive o arco dela é tentar não ser rasa e monotônica). A piada é quase sempre a mesma, mas não satura, pois movem a trama e não ficam a gag pela gag.

O Rei da Polca

A montadora Catherine Haight alterna bons momentos com algumas escorregadas. O primeiro ato ela estava afiada e dava um ritmo ágil. Já no segundo e em boa parte do terceiro ato a trama acaba pesando, culpa de algumas linhas de diálogos a mais e de uma mão menos descalibrada na montagem. Mesmo não sendo um filme longo (1h35) fica difícil manter um interesse 100% do tempo.

A ida ao Grammy poderia ter mais destaque, preferiu-se apostar em outros momentos igualmente (ou até mais) inusitados. Como as viagens pela Europa e em um possível encontro papal (será que ele consegue ou enrola os seguidores? Descubra vendo o filme…). Alguns diálogos ficam repetidos e o arco da “investigação” governamental muito superficial e caricato – até para os padrões do filme.

O Rei da Polca não é excelente, é esquecível talvez, mas cumpre a função de uma diversão descompromissada.

 

  • Nota Geral
3

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