Lenda de Nahuala, 2007
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Lenda de Nahuala, 2007

Lembro que em 2010 assisti um filme Mexicano, ele entraria, assim, sem querer, para a listinha de um dos meus favoritos, uma relação pai e filho, homem e terra, enfim, chama-se “Ao Mar” ou “Alamar”. Depois disso nunca mais assisti uma produção feita inteiramente no México, todo mundo tem suas falhas cinéfilas, essa é uma das minhas, pois me interessa muito essa energia que eles passam. Sendo assim, passando cinco anos, selecionei uma animação Mexicana para assistir: A Lenda de Nahuala, de 2007.

É válido dizer que a história se passa em uma celebração típica do país – não exclusiva, claro – que é o dia dos mortos.  Essa data traz consigo muitos mistérios, pessoalmente eu gosto muito das cores, alegria aos “mortos”, cultuando o passado e, principalmente, o clima. É como o halloween, sempre fiquei perplexo com tamanho poder desse dia, algo quase místico, rende muitas histórias e conecta as pessoas em prol a algo diferente, é realmente conquistador e, para mim, é um evento um tanto quanto nobre.

A Lenda de Nahuala acontece em 1807, portanto as ruas bem como os personagens são inteiramente caricatos, tem o padre, os vendedores, enfim, o protagonista é o Leo San Juan, um menininho tímido que se vê amedrontado diante as histórias que o seu irmão, Nando, conta sobre uma velha mansão da cidade. A tal lenda de Nahuala, dizem que essa mulher foi uma bruxa, matou diversas pessoas e, ainda mais, está prestes a voltar à vida.

Auxiliado por um desenho muito bonito-vivo, os personagens são bastante exagerados, principalmente a mãe do Juan e Nando, ela avisa cada ação antes de o fazer, o que pode soar altamente irritante. Mas vale a pena pela diversão, como disse anteriormente, esse clima é passado brilhantemente, sentimos o poder do famoso dia dos mortos como um evento único, repleto de mistérios e, consecutivamente, brincadeiras com o próprio medo.

Nando, que soava como o valentão, é raptado pela bruxa e levado para a mansão, Juan é o único que pode salvá-lo com uma pequena ajuda do padre, se não fosse pelo ritmo lento, seria muito mais interessante, pois lá dentro há diversas criaturas estranhas e, para enfrentar a bruxa, o menino deve passar por algumas etapas, superando, assim, o seu próprio medo e tornando-se um herói a ponto de deixar para trás aquela imagem de criança medrosa que faz xixi na calça. No final do filme, ainda temos uma celebração entre todos, incluindo os mortos e criaturas do castelo, como os famosos esqueletos, que tem diálogos bem engraçados como “não sou gorda, tenho ossos gordos”, vale ressaltar que o filme acaba com o padre avisando o nosso herói que há outro caso para resolver e o mesmo parte em um balão, ou seja, há uma continuação. Foi feito quatro anos depois o “La Leyenda de la Llorona” que mostra as outras aventuras do grande  Leo San Juan. Enfim, não é excelente, mas tem seus momentos interessantes.

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