As músicas de Tarantino – Parte 3 – 5,6,7,8’s
Quentin Tarantino é um cara sensacional. Além de ter um estilo próprio, e um Podcast Cinemação só sobre ele, o cara entende muito sobre música. Sabe o quanto é importante uma boa trilha sonora para um bom filme. Ele já mostrou isso em várias trilhas sonoras, desde seu debute como diretor de longas (Cães de Aluguel – 1992) até seu último longa lançado até agora (Django Livre – 2012).
Agora você, quem acompanha o Cinem(ação) diariamente pode se perguntar: por que diabos esse cara está começando com a parte 3? Simples! Pois as partes 1 e 2 já foram publicadas. A parte 2 está aqui, e fala sobre a música Hooked on a Feeling, presente no Cães de Aluguel. Apesar de não falar especificamente sobre o Tarantino, já dá uma boa noção sobre a música e sobre o filme. A parte 1 está em algum lugar do site… Poxa! São quase 4.000 publicações (Aê direção! Quando chegar nos 4.000 que tal rolar uma comemoração? Tá chegando…), e apesar dos sistemas de busca do site que usei durante umas 3 horas não denunciarem que esta publicação exista, eu ainda estou teimando que já vi essa publicação neste site… Mas se eu não achar, pode deixar que eu publico mais tarde.
Bem… retomando para a genialidade para trilhas sonoras em seus filmes, Tarantino mostrou este talento repetidas vezes e provavelmente continuará fazendo, portanto esta série não tem um número definido de postagens pois ele é uma fonte quase inesgotável de músicas emblemáticas.
Algumas vezes Quentin (já me sinto íntimo de tanto que falo dele) aproveita a fama da música e algumas vezes usa e abusa desta fama (provavelmente com o propósito de marcar mais o filme) como acontece em “Kill Bill” Parte 1 (2003) e parte 2 (2004). Acreditem, nesta série eu vou falar muito deste filme de duas partes, pois nele este diretor exagera na cultura pop da década de 70 (época que viveu sua própia adolescência).
Outras vezes ele simplesmente lança uma moda musical. Como aconteceu em “Kill Bill Parte 1” com a banda 5,6,7,8s. Montada em 1986 pelas irmãs Sachiko Fujiyama e Yoshiko “Ronnie” Fujiyama que resolveram montar uma banda de rock que toca estilos típicos da década de 50 e 60 (surf rock, rockabilly, garage) e as versões mais modernas do rock simples, como o punk rock de N. Y. Atualmente o trio que já foi um quarteto e até teve um homem chamado “Eddie” (não, não o Eddie do Iron Maiden) entre as irmãs, hoje é formado por Yoshiko “Ronnie” Fujiyama na guitarra, Sachiko Fujii na bateria e Akiko Omo no baixo (durante o filme mencionado, a baixista era Yoshiko “Yama” Yamaguchi).
Temos que lembrar que visual delas também é impactante , na maior parte das vezes vestindo “tubinhos” até o joelho (típico das cantoras de Jazz e da década de 50 e 60) ou aqueles vestidos de colegiais dos E.U.A. da década de 50. Portanto, elas são visualmente muito interessante para um filme como “Kill Bill”.
Ao entender isso (depois de descobrir esta banda acidentalmente em Tókio) elas fariam parte de uma sequência importante no filme: a vingança da “Noiva” (personagem de Uma Thurman que até o momento não tinha nome) contra “Cottonmouth” (personagem de Lucy Liu que leva o nome de uma cobra muito venenosa dos E.U.A., “prima” na brasileiríssima jararaca). Nesta cena a banda toca as seguintes músicas na sequência: 1) Jayne Mansfield; 2)I’m Blue. Esta sequência é passível de visualização no vídeo abaixo (lançado como extra no DVD Kill Bill Vol 1).
Agora volte ao vídeo anterior em 1:43 (um minuto e quarenta e três segundos) ou até um pouco antes. É possível ver um grupo, com Lucy Liu como destaque se dirigindo à escadas. Pouco depois disso, a Noiva consegue escapar de uma ameaça eminente vinda da gangue de Cottomouth (ou “Boca de Algodão” em um bom português) e se dirige para o bar, onde permanece até começar a perseguir uma das comparsas de seu principal alvo, e enquanto isso a banda muda para a música “Woohoo-oo-oo-oo” . Como sei disso? Oras! Eu assisti o filme para escrever isso! Mas o vídeo abaixo vai te ajudar a juntar a seguência das músicas do filme (ouça a música e repare no corte de edição um pouco “forçado” que você consegue entender alguma coisa).