“Domingo à Noite”, com Marieta Severo, chega aos cinemas dia 4 de abril
Domingo à Noite, a mais nova ficção dramática dirigida por André Bushatsky, roteirizada por Bruno Gonzalez com produção de Márcia Nepomuceno, estreia nos cinemas no próximo dia 4 de abril.
O longa-metragem mostra como a vida de Margot, uma das maiores atrizes do Brasil, casada com Antônio, escritor premiado e com Alzheimer avançado, muda completamente quando descobre que também tem a doença.
A ideia para o filme surgiu a partir de uma experiência pessoal do roteirista Bruno Gonzalez após a morte de seu avô e o surgimento dos primeiros sinais de demência em sua avó. Quando Bruno começou a desenhar o roteiro, foi percebendo que a demência e o Mal de Alzheimer afetam muitas famílias. “Quis contribuir para essa reflexão, para pensarmos em como agir, em como compreender o sentimento de quem está passando por isso”, comenta o roteirista.
Domingo à Noite acompanha Margot (Marieta Severo), que tem 75 anos e é uma das maiores atrizes do Brasil. Ela é casada por mais de 50 anos com Antônio (Zé Carlos Machado), um escritor premiado e sofrendo Mal de Alzheimer avançado. Enquanto luta para manter a independência do casal e cuidar do marido sozinha, ela enfrenta grandes dificuldades internas para finalizar seu último filme. Porém, mais importante, ela luta para manter o amor vivo diante da falta de memória do marido. Quando Margot descobre que também tem a doença, ela precisará se reconectar com os filhos para manter a independência e poder morrer em paz.
“É impossível não se sensibilizar com a destruição que a falta de memória causa na vida de uma pessoa. Isso me fez pensar em como seria chegar à maturidade, depois de uma vida inteira e não conseguir sequer lembrar as experiências, as alegrias e as tristezas que tivemos. Isso me fez questionar o que é a vida sem nossas lembranças”, conclui Gonzalez.
O encontro de Bruno com o diretor André Bushatsky aconteceu por intermediação da produtora do filme Márcia Nepomuceno. De acordo com o trio, a conexão entre eles foi instantânea e a preparação para o filme teve início em 2020. “Não tínhamos nenhum incentivo fiscal por conta dos cortes do governo federal no período. O Brasil vivia um dos piores períodos para a cultura e ainda enfrentávamos a pandemia da covid-19. Mas, nada disso nos intimidou. Tínhamos um propósito e juntos fomos criando essa cumplicidade e fortalecendo a vontade de fazer um filme que emocionasse o público”, comenta Márcia.