CRÍTICA: 2ª TEMPORADA PUNHO DE FERRO (NETFLIX)
Punho de Ferro volta à Netflix numa Segunda Temporada um pouco melhor que a anterior.
(O texto abaixo não tem spoiler)
Após o fim do Tentáculo ( 1ª Temporada), as gangues de Chinatown entram em disputa pelo domínio do crime na cidade. De um lado temos os Carrascos, de outro os Tigres Dourados. O controle das docas é o fator motivante dos primeiros conflitos entre essas organizações criminosas.
Caberá a Daniel Rand e à Colleen Wing intercederem pela paz nessa Guerra da Tríade, como ela é chamada. Aos protagonistas juntam-se os arcos dos irmãos Joy e Ward, sócios das empresas Rand. Também temos a volta de Davos e somos apresentados à nova (e interessante) personagem, Mary.
A Segunda Temporada de Punho de Ferro apresenta trama mais investigativa e com menos ação se comparada à Primeira. Por outro lado, as cenas de ação têm coreografias de luta bem melhores e com mais violência explícita. A censura é 18 anos. Vemos um avanço nesse sentido.
A série tem 10 episódios e dois arcos de histórias. No primeiro, temos a construção das alianças e as motivações delas até a culminação do terceiro capítulo, onde tudo é revelado. É uma primeira parte para apresentar as intrigas e então somos levados ao segundo arco um pouco mais interessante, com mais tramas se interligando.
Punho de Ferro não apresenta argumento de roteiro inovador. Se você assistiu à Segunda Temporada de Luke Cage (Veja nossa crítica), verá praticamente a mesma motivação aqui, porém menos impactante. Temos um vilão motivado por vingança (inicialmente) e depois movido por visão radical para “limpar” o crime da cidade. É, você já viu isso várias e várias vezes.
O roteiro até tentou dar profundidade aos irmãos Ward e Joy, mas servem apenas de muletas para a linha narrativa principal. O destaque mesmo dessa Segunda Temporada fica por conta da introdução de Mary. Ela é sem dúvida o melhor da série: misteriosa, profunda e repleta de camadas que foram e podem ser mais ainda exploradas.
Destaque narrativo para maior exploração do passado de Colleen Wing. Ela ganhou mais importância tanto nas habilidades de luta quanto ao misterioso passado. No que se refere a Danny Rand, temos revelações sobre a forma como ele ganhou o Punho, com flashback bem inserido.
Há alguns momentos para agradar os fãs dos quadrinhos, como por exemplo, a polícia categorizar como 616 as chamadas quando se trata de “possível suspeito com habilidades”. Esse é o número do universo principal da Marvel Comics.
O capítulo 6 é exemplo de como o roteiro subestima o espectador, explicando exaustivamente a motivação de cada personagem envolvido. A cada personagem inserido na trama, o roteiro dá uma pausa para explicar a ele o que nós espectadores já sabemos desde o episódio 3.
A atuação de Alice Eve como Mary e a inclusão dessa personagem é certamente o maior avanço da série. É nesse ponto que Punho de Ferro passa a ter conexão com Vingadores a Era de Ultron e Capitão América: Guerra Civil eventos relacionados a Sokovia.
Essa personagem é adaptada dos quadrinhos ( Typhoid Mary) e tem aparição relacionada a Matt Murdock, o Demolidor. Será que teremos a Terceira Temporada do Demônio de Hell’s Kitchen mais associada aos eventos de Punho de Ferro?
Temos uma Segunda Temporada melhor em coreografias de luta, inclusão de uma nova personagem mas com argumentos nada inovadores ou empolgantes. Porém, foi um avanço se comparada à Primeira Temporada. Embora tenha todos os arcos fechados com coerência, o final da série deixou (muito bem) portas para novos rumos a serem trilhados.
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Até a próxima!