Crítica: Sandy Wexler
Sandy Wexler é uma fria? Uma gelada… Porém estamos falando de Adam Sandler, um artista que a cada “fria” lançada parece ficar mais popular.
Ficha Técnica
Direção: Steven Brill
Roteiro: Tim Herlihy
Elenco: Adam Sandler, Jennifer Hudson, Terry Crews, Rob Schneider, Chris Elliott e Al Yankovic
Nacionalidade e lançamento: Eua, 2017
Sinopse: Adam Sandler vive um gerente de talentos acostumado a trabalhar com clientes desconhecidos, mas que enfrenta novos desafios ao se apaixonar por uma cantora com futuro.
Na tensa relação entre o comediante Adam Sandler e a sétima arte, há algumas produções que garantem risos e algum entretenimento. Outras dão aquela sensação de vergonha alheia pela inaptidão quase completa do humorista para uma atuação dramática um pouquinho mais profunda.
Em Sandy Wexler, o novo original da Netflix, Adam Sandler tenta resgatar a “melhor fase” da carreira onde misturava, com alguma competência, humor pastelão e um quê de comédia romântica. Visando ter êxito na velha fórmula, Sandler revive a parceria com o diretor Steven Brill, responsável por dois de seus melhores trabalhos: ‘Little Nick’ (2000) e ‘A Herança do Mr. Deeds’ (2002).
Sandy Wexler até se inicia com uma proposta exótica e pouco convencional para uma comédia: um mockumentary (falso documentário) introduz a história e o protagonista para o público. Porém, a boa sacada inicial do roteiro esbarra numa terrível construção de texto, que torna os vinte minutos iniciais quase insuportáveis. O telespectador terá que lutar contra a tentadora vontade de desligar a televisão.
Vencido o começo entediante, a ideia do Mockumentary é jogada para segundo plano e o que sobra é uma produção com inúmeros problemas e que, em momentos raros, consegue ser engraçada ou entreter como comédia romântica.
Com algumas citações a cultura pop dos anos 90, período em que se passa os acontecimentos do enredo, Sandy Wexler conta a história de um produtor cultural excêntrico, que descobre, numa peça infantil, Courtney (Jennifer Hudson), uma talentosa cantora de Soul Music e a convence a ser assessorada rumo ao estrelato.
A partir deste clichê, se desenvolve mais uma produção com o selo Adam Sandler de qualidade. Sandy Wexler, o nome do protagonista que batiza a obra, é apenas um detalhe… basicamente, as massantes 2 horas e 11 minutos da produção são de Adam Sandler interpretando Adam Sandler. Nem mesmo o diretor Steven Brill, o profissional que mais entendeu os limites e potencialidades do humorista, conseguiu dar algum apontamento positivo a obra que falha consideravelmente.
Uma coleção de personagens mal desenvolvidos interpretados por nomes de peso da comédia americana como Terry Crews, Rob Schneider, Chris Elliott e Al Yankovic alongam de forma inexplicável o tempo da produção. A atuação da coprotagonista Jennifer Hudson também não convence, mas muito por conta do roteiro que pouco explora os dotes artísticos da talentosa atriz/cantora.
Sandy Wexler é uma fria? Uma gelada… Porém estamos falando de Adam Sandler, um artista que a cada “fria” lançada parece ficar mais popular. Este novo original da Netflix precisará de um “pouquinho” mais de boa vontade do público, que já absorveu bombas como ‘Cada um tem a gêmea que merece’ e ‘Gente Grande’.
TRAILER
https://www.youtube.com/watch?v=HxYbRZhC5eY
Resumo
basicamente, as massantes 2 horas e 11 minutos da produção são de Adam Sandler interpretando Adam Sandler. Nem mesmo o diretor Steven Brill, o profissional que mais entendeu os limites e potencialidades do humorista, conseguiu dar algum apontamento positivo a obra que falha consideravelmente.