Festival de Sundance 2017 – Dia 9 #ConexãoSundance

Festival de Sundance 2017 – Dia 9: Em sua reta final, o Festival de Sundance ainda traz novidades e filmes surpreendentes. Confira o que o crítico Maurício Costa assistiu neste dia:

Festival de Sundance 2017 – Dia 9

Golden Exits:

Filme interessante para o crítico, mas não para todos, segundo o próprio Maurício Costa. O longa dirigido por Alex Ross Perry conta a história de um casal infeliz de meia idade e as relações de família, na qual o marido é um historiador que contrata uma auxiliar australiana, cuja chegada abre muitas feridas e cria problemas relacionados a amor, sexo e traição. Segundo Maurício, o filme implica muita carga dramática à trama e aos diálogos, especialmente pela trilha sonora. É um filme “deprê”, segundo o crítico. Para fãs do Woody Allen mais dramático dos anos 80 (Hannah e Suas Irmãs, Interiores, A Outra, etc), é um filme do mesmo estilo: jogo de câmera e até mesmo a lógica narrativa são claramente influenciados por Woody Allen. No entanto, não é um filme para quem busca entretenimento, conforme explica Maurício.

It’s Not Yet Dark:

O segundo filme do dia é um documentário de Frankie Fenton sobre um cineasta que tem um problema neurológico similar à Esclerose Lateral Amiotrófica. Depois que ele estava quase paralisado, se comunicando com um computador, ele conseguiu dirigir um longa-metragem (que terá sua estreia mundial em fevereiro). Segundo o crítico, é um documentário muito poético, que trata de temas como morte, perseverança e vontade de viver. O filme é interessante e cumpre seu papel, apesar de ficar muito arrastado em alguns momentos, especialmente na tentativa de se explicar demais.

Quest:

O documentário observacional acompanha uma família negra de Nova York por 10 anos. Entre tudo o que mostra no desenvolvimento do filme, mostra a menina que fica sem um olho após levar um tiro, e que depois vai se mostrar homossexual. Maurício diz que é um “Big Brother mais emotivo”. Tem um grau de sensibilidade, mas não é nada especial, segundo o crítico.

Bitch:

Exibido na sessão de meia noite, o longa leva seu título ao pé da letra, já que significa “cadela”. Segundo o crítico, é um filme bastante maluco, mas de forma positiva. Conta a história de uma mulher infeliz que, por estar em um casamento falido, acaba assumindo a personalidade de um cachorro, mostrando como fica o relacionamento das pessoas na família com isso. Roteirizado, dirigido e protagonizado pela mesma mulher, Marianna Palka, o filme não tenta forçar muito os efeitos especiais, tem bom jogo de câmera, e se torna um bom drama com alívio cômico e uma bizarrice boa.

Festival de Sundance 2017 – Dia 9: Participam da cobertura do Festival de Sundance 2017 os seguintes sites e canais: Razão:de:Aspecto, Cinem(ação), Conacine, Cine Drive Out, Pós-Créditos, Correio Braziliense e Casa do Cinema.