A Bruxa dos Mortos: Baghead | Entrevista com o diretor Alberto Corredor e a atriz Freya Allan
Antes de ser longa metragem, o terror A Bruxa dos Mortos: Baghead, que chega aos cinemas nesta quinta-feira (8), teve suas origens em um curta-metragem de 2017 que venceu vários prêmios em suas passagens por festivais de cinema. Dirigido por Alberto Corredor (que comandou também o curta), o filme é estrelado por Freya Allan (The Witcher) como Iris, uma jovem que, após o falecimento de seu pai (Peter Mullan), herda um antigo bar em Berlim. Os afazeres do lugar vão além de apenas deixa-lo limpo: Iris agora é guardiã de uma bruxa com um saco na cabeça que vive no porão do estabelecimento e pode incorporar os mortos. Os vivos podem então se comunicar com seus entes queridos, com a condição de que a conversa dure apenas 2 minutos antes que a entidade tome de volta o controle de seu corpo. Com a ajuda de sua amiga Katie (Ruby Barker), Iris deve enfrentar a criatura e os segredos que habitam nela.
O diretor Alberto Corredor e a atriz Freya Allan se sentaram para conversar sobre A Bruxa dos Mortos: Baghead com o Cinem(ação) através de uma chamada via Zoom.
“A realidade é que quando nós fizemos o curta, a ideia era de usá-lo como um cartão de negócios, só como uma prova de conceito, para então ir para o longa, mas nós ficamos um pouco surpresos pelo quão rápido e o quão bem ele se saiu nos festivais. Nós sabíamos que tínhamos algo especial, mas não pensamos que as coisas aconteceriam tão rápido.”, disse Corredor sobre as origens de Baghead.
O diretor continua: “A coisa principal foi descobrir como criar uma história boa para o longa, e durante o processo nós conhecemos os caras da [produtora] Picture Company, que acreditaram no curta e em fazer essa “transferência”, e eles já tinham um relacionamento com a [produtora e distribuidora] Studio Canal, que já estavam filmando alguns filmes em Berlim, então a partir daí tudo se moveu bem rápido. Nós conseguimos Cristina [Pamies] e Bryce [McGuire, de Mergulho Profundo], que trabalharam no roteiro, e a partir daí o filme tomou forma até chegar no que temos agora. Nós mantivemos coisas da história do curta, nós mantivemos o design da bruxa e um pouco da jornada de Neil [Jeremy Irvine], porque seu personagem foi parcialmente baseado no que acontece no curta, e o resto, bem, com o resto você precisa continuar indo e criar personagens diferentes, que todos circulam em torno desse conceito de luto, que é a bruxa.”
Já Allan tem certa experiência em lidar com criaturas bizarras e o sobrenatural por conta de seu papel como Ciri na série The Witcher. A Bruxa dos Mortos: Baghead, no entanto, é não só sua estreia como atriz em longas-metragens, mas sua primeira experiência num filme de terror. A atriz, que estrelará o vindouro Planeta dos Macacos: O Reinado, falou um pouco sobre seu aprendizado com o gênero:
“Eu definitivamente passei por uma fase na minha adolescência de estar obcecada por trailers de filmes de terror. Eu simplesmente amo assustar a mim e aos meus amigos, mas, quer dizer, eu não diria que é o gênero que eu imediatamente vou assistir, mas eu definitivamente acho que pode ser uma experiência divertida, especialmente no cinema, ir com seus colegas. E estranhamente foi diferente de the witcher, e eu não sei se isso tem a ver com eu ter estado no mundo de The Witcher por muito mais tempo, então eu me sinto um pouco mais… você sabe, eu conheço melhor aquele mundo e aquela personagem, mas ambos tem desafios semelhantes no sentido de que quando você está lidando com histórias com o sobrenatural, você frequentemente tem que as vezes colocar de lado — ou pelo menos tentar colocar de lado, ainda que as vezes seja doloroso — o instinto puro e a lógica ao redor das coisas, mas às vezes isso é parte do gênero em alguns momentos, e isso foi algo que eu aprendi.
Corredor ainda fala sobre o que o atraiu para o projeto: “Eu sempre quis fazer filmes de terror, então para mim foi fácil tomar essa decisão, e é um projeto que está comigo pelos últimos 6 anos, então, é. Eu estava interessado, como eu disse, em fazer algo que fosse bizarro, e que fosse sobre luto e família, e foi isso que eu quis ter na história.” Allan completa: “Eu acho que para mim, quando a proposta veio através de meu agente, eu estava animada por causa da Studio Canal. Eu estava animada pela história de Iris em torno do luto e então eu e Alberto tivemos uma chamada via Zoom, e falar sobre todos esses elementos me interessou e eu apenas vi também como mais uma grande oportunidade de aprender mais, sinceramente”.
A Bruxa dos Mortos: Baghead estreia nesta quinta (8) nos cinemas.