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Eu Cinéfilo #64: Uma Boa Pessoa

“Uma Boa Pessoa,” dirigido por Zach Braff, é um drama envolvente que mergulha profundamente no tema da recuperação de vícios e traumas. Florence Pugh, em uma atuação poderosa, interpreta Allison, cuja vida desmorona após um acidente fatal e a perda de seu noivo. O filme explora as consequências emocionais desse evento, bem como a dependência química que se segue.

O tom do filme é sólido, embora por vezes pareça um pouco acima da média, tornando-se mais pesado do que necessário. No entanto, o roteiro entrega um poderoso retrato de uma pessoa lutando contra seus demônios internos. Florence Pugh brilha como protagonista, mesmo que o filme por vezes pareça indeciso entre focar nela ou em Morgan Freeman, cuja atuação é impactante.

As cenas são habilmente interpretadas, especialmente os monólogos de Freeman e o olhar viciado de Pugh, que são arrepiantes. A química entre os atores é palpável e cativante. A história aborda temas complexos, como culpa, responsabilidade e o impacto do trauma, bem como a luta contra a dependência química.

Embora o filme não seja inovador em sua abordagem dos temas de vício e recuperação, ele ainda é envolvente. O roteiro possui diálogos envolventes que contribuem para o desenvolvimento dos personagens. A história, embora previsível em alguns momentos, mantém o interesse do espectador.

“Uma Boa Pessoa” é um filme que destaca as atuações de Florence Pugh e Morgan Freeman, que entregam performances excepcionais. Embora possa não se destacar como uma obra-prima, é um drama que vale a pena ser visto, principalmente pela autenticidade de suas interpretações e pela maneira como aborda questões de vício e recuperação de forma sensível e realista. Zach Braff mostra sua habilidade em contar histórias que tocam o coração, mesmo que o final pareça um pouco conveniente. Em última análise, é um filme que deixa uma impressão duradoura e emocionante.

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Texto escrito por:

Joseclei Nunes – [email protected]

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