Dançando no Silêncio estreia nos cinemas
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Novo filme de Mounia Meddour, Dançando no Silêncio estreia nos cinemas

Novo lançamento da Pandora Filmes, drama aborda sororidade e superação de traumas por meio da dança

Dirigido pela franco-argelina Mounia Meddour (“Papicha”), DANÇANDO NO SILÊNCIO é um filme que tem, ao centro, a dança, que, para além de uma manifestação artística, é, também, uma maneira com a qual as personagens praticam a sororidade e lidam com traumas. Com distribuição da Pandora Filmes, o longa chega aos cinemas nesta quinta-feira, 4 de maio, nas seguintes praças: São PauloRio de JaneiroBelo HorizonteBrasíliaFlorianópolisPorto AlegreSalvador e Vitória.

Houria (Lyna Khoudri) é uma jovem argelina que sonha em ser bailarina. Ela trabalha como camareira durante o dia e se envolve com apostas ilegais à noite. Até que ganha uma grande quantia e é agredida por um homem. Quando acorda no hospital, seu corpo não é mais o mesmo e sua ambição no balé deve ser esquecida. Mas, ao lado de outras mulheres também traumatizadas, ela descobrirá como lidar com suas perdas e seguir em frente.

Meddour, que também assina o roteiro, explica que a origem do filme está no seu desejo de explorar a sociedade argelina contemporânea, tema constante em sua filmografia, e encontrou na personagem uma maneira de acessar esse universo.

“Eu comecei no cinema fazendo documentário, por isso, eu gosto de tirar de dentro de mim memórias e experiências para transcrever em ficção no cinema. Após um acidente, com fratura dupla do tornozelo, vivi uma longa reabilitação que me imobilizou por um tempo. Eu queria contar sobre o isolamento, a solidão e deficiência. Mas, especialmente, a reconstrução”, diz a diretora.

https://www.youtube.com/watch?v=Xs42rtmVT_Q
Ao colocar como protagonista uma jovem que sonha em dançar, mas é imobilizada, a diretora pretende mostrar como no seu país a liberdade individual – especialmente das mulheres – é limitada. “A dança ainda é praticada em lugares privados, mas muito pouco ao ar livre. O corpo da mulher é um tabu. Uma mulher que dança é uma mulher que quer se expressar. Não é inofensivo em uma sociedade patriarcal e tradicional, com costumes e mecanismos de honra. Precisamos de uma mudança de mentalidade, mas o caminho ainda é longo.”

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