Apollo 10 e Meio: a vida espacial através do olhar infantil
Apollo 10 e Meio: a vida espacial através do olhar infantil
Cinema Mundial

Apollo 10 e Meio: a vida espacial através do olhar infantil

Filme dirigido por Richard Linklater transforma o cotidiano em algo fenomenal

Houston, Estados Unidos, 1968: o local e a época ideal para o dia a dia e o crescimento de uma criança norte-americana. Nem mesmo a guerra contra o Vietnã que o país enfrentava ou a criação rígida imposta pelos pais eram capazes de competir com a novidade que mudaria o mundo: o homem se preparava para ir à lua, algo inimaginável no início da década. 

E é justamente nesse contexto que o diretor Richard Linklater nos apresenta ao jovem Stan, uma criança que tem a Nasa no quintal de casa e se enche de esperança quando pensa no que o futuro proporcionará. O filme Apollo 10 e Meio, lançado pela Netflix em 2022 pode ser assistido em qualquer tela, no smartphone Galaxy S21 Plus ou em uma smart TV, e tem 1 hora e 38 minutos de duração.  

O cenário dos sonhos entra em cena quando o caçula de uma família de seis irmãos é convocado para uma missão secreta, que talvez seja somente fruto da sua imaginação, mas tudo bem, pois toda criança já sonhou em ser astronauta algum dia. 

Richard volta às origens em Apollo 10 e Meio. Nesta animação criada em cima de um live-action narrado por ninguém menos do que Jack Black. Ele nos apresenta o mundo visto pelo olhar de uma criança, busca suas memórias favoritas ao relatar histórias e o cotidiano da clássica família suburbana dos Estados Unidos. 

Do choque cultural do movimento ‘paz e amor’ que invadia as capitais até a alegria com a chegada de “O mágico de Oz” em versão colorida, as lembranças são detalhadas para que o mais simples fato seja extraordinário, com todo o toque de humor e criatividade que somente uma criança poderia ter. 

E, obviamente, isso não seria diferente quando o assunto passa a ser a grande bola azul onde todos vivemos, os mistérios que rodeiam o espaço e todos os questionamentos em cima dos grandes heróis nacionais daquela época. 

Stan, assim como Richard deveria fazer quando criança, explora todas as minúcias da Nasa e cria roteiros mirabolantes ao pensar na missão Apollo 11, prestes a se tornar realidade. Para ele, a Lua é muito mais do que um planeta secundário, trata-se de um portal para outra época com seres desconhecidos, ou algo ainda mais fantasioso. 

Apollo 10 e Meio nos mostra a magia da imaginação infantil mesmo em um período conturbado, onde vale a pena enxergar o cotidiano com bons olhos e ter esperança no que há por vir. Richard Linklater transformou o saudosismo em uma história que vale a pena ser assistida. 

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