#ConexãoSundance: Alice
#ConexãoSundance: Crítica e análise do filme Alice.
Confira a cobertura do Festival de Sundance 2022 com resumos e críticas dos longas acompanhados pelo crítico Maurício Costa.
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Alice
“Alice” é um filme menos pesado que o esperado. Ele conta a história de uma mulher escravizada que foge de uma fazenda, mas descobre que está em 1973, nos EUA do Nixon. Essa premissa poderia levar a uma comédia, terror, entre outras abordagens, mas segue o caminho de um drama de ação bastante consistente. O primeiro ato é todo na fazenda, onde já sabemos que estão em algum momento no futuro, porque já tem a história do cara que caiu do céu (paraquedista), entre outras. A partir do momento em que ela consegue fugir, ela encontra o Frank e reconstrói sua identidade, de uma forma muito legal mas com um desequilíbrio entre o envolvimento que temos e o roteiro. A adaptação dela acontece muito rapidamente: em poucos dias ela já tinha se adaptado completamente ao mundo, e decide o que fazer em relação ao passado. Apesar de muito rápida, a transição é interessante: como ela era escrava doméstica, ela tinha sido ensinada a ler, e isso justifica ela ler as coisas quando sai, e por isso ela descobre o que é a escravidão, lê sobre a emancipação e os direitos civis, etc. Nos anos 1970, é justamente o crescimento dos Panteras Negras, e o filme faz referência à Angela Davis, Pam Grier, entre outros. O filme busca então fazer um revisionismo histórico. “Alice” tem muita violência, mas também tem um ótimo “payoff”: é catártico.
Nota: 4/5
Sinopse e Ficha Técnica:
Alice (Keke Palmer) passa seus dias escravizada em uma plantação rural da Geórgia, ansiando por liberdade. Depois de um confronto violento com Paul (Jonny Lee Miller), o dono da plantação, Alice foge pelos bosques vizinhos e acaba encontrando uma estrada desconhecida, para logo depois descobrir que o ano é na verdade 1973. Resgatada por um ativista negro desiludido chamado Frank (Comum), Alice descobre as mentiras fizeram com que ela continuasse escravizada, e junto com isso a promessa de libertação negra.
Direção: Krystin Ver Linden
Roteiro: Krystin Ver Linden
País: Estados Unidos
100 min
Participam da cobertura do Festival de Sundance 2022 os seguintes sites e canais: Razão:de:Aspecto, Cinem(ação), Getro.com.br e Wanna be Nerd.
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Sobre o autor
Daniel Cury
Professor, jornalista, redator, podcaster, tradutor... ou seja, eu escrevo umas coisas, publico outras e assim vou tentando deixar minha marca por meio das palavras.
