#ConexãoSundance 2020: Sérgio (Netflix) - Cinem(ação)
Sergio - filme exibido no Festival de Sundance 2020
Conexão Sundance

#ConexãoSundance 2020: Sérgio (Netflix)

#ConexãoSundance: Crítica e análise do filme Sérgio, original Netflix e estrelado por Wagner Moura.

A cobertura do Festival de Sundance 2020 será postada filme a filme, com resumos e críticas dos longas acompanhados pelo crítico Maurício Costa.

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Sérgio

O filme da Netflix estrelado por Wagner Moura e Ana de Armas é a cinebiografia de Sérgio Vieira de Mello, alto comissário das Nações Unidas para Direitos Humanos que morreu em um ataque a bombas à sede das Nações Unidas em Bagdá, em agosto de 2003. Trabalhou na ONU por 30 anos, serviu em Ruanda, Bósnia, Timor Leste.

O filme conta a história dele e fica concentrado nos últimos 3 anos da vida dele, especialmente quando ele conhece Carolina Lerriera, último amor de sua vida, e mais tarde reconhecida como sua esposa. E também o momento em que ele vai a Bagdá. Uma escolha inteligentíssima do diretor é guiar a narrativa baseada no momento em que ele sofre o ataque e fica soterrado por um tempo. Esse tempo é usado como um momento em que ele se lembra das coisas que aconteceram em sua vida: flashbacks que vão por dois caminhos, como a construção da relação dele com Carolina e as coisas que ele fez na vida profissional.

Sim, o filme é muito bom. Mas ele tem lá os seus problemas.

Primeiramente que Wagner Moura fez um Sérgio Vieira de Mello excelente e parece outra pessoa em comparação com outros personagens de sua carreira. Ana de Armas está muito bem e todo o elenco funciona. O tom do filme é muito poético, com imagens do Rio de Janeiro, o personagem nadando no Arpoador, por exemplo. E o filme é muito respeitoso com o protagonista. O diretor, inclusive, já fez um documentário sobre Sérgio Vieira de Melo. O longa utiliza imagens documentais pontualmente.

Mas tem o problema de investir demais no melodrama. Alguns diálogos foram a um nível muito exagerado. Tem alguns outros trechos com recursos clichês, como a repetição de coisas que ele viveu, e o filme também não trata de nenhum defeito do protagonista, sem entrar muito na vida privada. Ele só coloca, colateralmente, o fato de ele ser um pai ausente que deixou os filhos crescendo com a mãe. É um retrato heroico e idealizado dele, mas teria ficado melhor se tivesse se calcado na realidade.

Nota: 4 / 5

Sinopse e Ficha Técnica:

O diplomata brasileiro das Nações Unidas Sergio Vieira de Mello tem um currículo extenso: alto comissário assistente para refugiados, representante especial do secretário-geral no Kosovo, administrador de transição em Timor-Leste. Em 2003, seu mais recente papel como alto comissário de direitos humanos o leva ao Iraque. Ocorre um inesperado e trágico acontece, forçando Sergio a refletir sobre seus 34 anos de serviço à ONU.

Competição: premiére
País: EUA
Duração: 118 min
Idioma: Inglês / Português / Espanhol / Francês
Produção: Netflix
Direção: Greg Barker
Roteiro: Craig Borten

Participam da cobertura do Festival de Sundance 2020 os seguintes sites e canais: Razão:de:Aspecto, Cinem(ação), Getro.com.br e Wanna be Nerd.

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