The Boys: a verdadeira história de como seria o mundo com heróis
Os filmes de heróis e vilões sempre trazem histórias nas quais cada um tem seu papel. Heróis são bons e salvam o mundo, com exceção de alguns que geram discussões sobre sua índole (falando de Batman, por exemplo). Mas e se esses superpoderosos (ou não – Batman, de novo) vivessem no nosso mundo, o real, com realidades?
É exatamente isso que essa série aborda.
A Amazon anda surpreendendo com as produções minuciosas e de narrativas blowing mind. Não só graças ao Neil Gaiman, tá bom? The Boys é a nova série deles. Baseada nas HQs de Garth Ennis e Darick Robertson, conta sobre como pessoas sem poderes conseguiram engaram as que tem poder (não só super, mas político e dinheiro também).
Bom, pense no mundo atual: corrupção, capitalismo e famosos. Sexo, drogas e Rock’n’Roll. E se no meio de tudo isso surgissem pessoas que conseguem realmente defender as pessoas boas, não é? Só que voltamos a primeira palavra: corrupção.
Nesse mundo, existe uma empresa que usa da imagem desses super heróis para vender serviços de segurança e defesa. Mas, se você já passeou pelo mundo da fama e glamour, sabe que isso não funciona como o esperado (né, Disney).
Os personagens lembram muito heróis já conhecidos da DC e Marvel, então, vou colocando quais são relacionados e, se vocês descordarem, comentem.
A história começa com o costumeiro fanboy, geek, que tem uma namorada maravilhosa. O nome dele é Hughie (Jack Quaid) e sua maior característica é ser medroso. Não que ele não pense em tomar certas atitudes, mas tem receio e prefere viver na zona de conforto.
Enquanto Hughie vive sua vidinha, na TV, vemos o Patriota (Antony Starr), que lembra muito o Capitão América, Rainha Maeve (Dominique McElligott), adivinha? Mulher Maravilha, ela mesma. Fazendo boas ações e salvando as pessoas. Desde a primeira cena vemos que são os veteranos e tem muito poder. O suficiente para serem amados e intimidadores.
No background de tudo isso, temos uma heroína, Estelar (Erin Moriarty), que está fazendo teste para se tornar a nova membro dessa “Liga”. Uma típica garota do interior com o desejo de salvar o mundo, de verdade.
Além desses heróis, também somos apresentados aos Oceano (Chance Crawford), Sombra Negra (Nathan Mitchell) e Translúcido (Alex Hassell).
E o não menos importante Trem A (Jessie T. Usher), que em pouco tempo de história, atropela a namorada de Hughie. Mas não é qualquer batidinha. A moça foi despedaçada com a super velocidade do herói.
Com a mídia contando uma história completamente falsa, Trem A saí ileso do ocorrido. Então, conhecemos Billy Butcher (Karl Urban), um personagem misterioso que diz poder ajudar Hughie a trazer justiça para a morte de sua namorada. A partir desse momento, as imagens de todos os heróis vão sendo desconstruídas. Um a um.
O roteiro não é nada sutil, existe sangue, desespero e muita complexidade nas relações entre as personagens, em relação a si mesmas e ao mundo.
Acho que o discurso mais na cara e que nos faz refletir muito é a relação da sociedade e da mídia com o sexo feminino. Assista! 🙂
Mas no meio do vermelho na tela, podemos perceber todas as jogadas que lembram muito bem o mundinho que vivemos sem esses heróis. A questão que fica é: vale a pena tornar os heróis realidade, ou melhor deixar eles só no cinema?