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Artigo

[HQ] Kid Eternidade

Kid Eternidade é um super-herói criado em 1942 por Otto Binder para a revista Hit Comics #25 com um super poder um pouco fora do comum: Ao dizer “Eternidade” ele consegue materializar pessoas mortas. Ele também consegue ficar invisível e intangível e se teletransportar para qualquer lugar. 

Essa minissérie escrita por Grant Morrison e desenhada pelo Duncan Fegredo traz uma versão extremamente sombria e disruptiva do personagem. Nos mesmos moldes de Sandman (Neil Gaiman) nós entramos na cabeça do personagem e temos uma viagem alucinante para o inferno e para o âmago de seu personagem. Encarando verdades, mentiras e seus maiores medos, Kid Eternidade de Grant Morrison virou um clássico cult entre os fãs de quadrinhos e é até hoje dito como uma das melhores obras de todos os tempos dessa arte.

SINOPSE

Jerry Sullivan é um comediante de stand-up batalhador, por isso já está mais do que acostumado à ideia de morrer. Só que agora ele está prestes a descobrir mais sobre a pós-vida do que jamais teve a intenção, cortesia de um terrível acidente de carro e uma misteriosa figura que se autodenomina Kid.

Aparecendo vindo de lugar nenhum e perseguido por demônios, Kid escapou do Inferno para terminar uma missão de importância cósmica destinada a ele pelas forças do Paraíso. Mas antes de completar o que começou, Kid precisa da ajuda de Jerry para libertar o parceiro que deixou pra trás, e isso significa uma viagem astral direto ao Inferno, deixando o corpo quebrado e inconsciente de Jack no leito hospitalar enquanto seu espírito segue Kid pelo caminho dos condenados. Mas em um mundo feito sobre sofrimento e mentiras, o maior perigo é também o mais inesperado: a verdade.

PONTOS FORTES

O Roteiro de Grant Morrison é perturbador ao retratar o inferno da forma mais imaginativa e horripilante que se possa imaginar. Além de construir os personagens aos poucos e não apenas nos diálogos, mas também pela imagem.

A Arte de Duncan Fegredo é hábil ao conseguir transportar do roteiro de Grant Morrison todos os sentimentos dos personagens e também da ambientação. Todos os detalhes do inferno são meticulosamente desenhados, mas com certo “rabiscos” para deixar o leitor propositalmente confuso junto de Jerry Sullivan e ir descobrindo os horrores do inferno aos poucos. 

PONTOS FRACOS

A escolha de escrever o roteiro com algumas sub-tramas em paralelo a trama principal foi uma escolha um tanto equivocada por parte de Grant Morrison, pois acaba confundindo bastante durante a leitura em qual ambiente e tempo está se passando cada história. Mesmo que no final tudo se conecte, demora bastante e isso pode afastar alguns leitores ainda no meio da história

A arte de Duncan também pode atrapalhar um pouco. Pois ela é bastante escura, pesada e com alguns “rabiscos” propositalmente colocados para passar um sentimento ao leitor. Isso pode ser tanto um ponto positivo ou negativo, já que funciona ao seu propósito só que torna a leitura muito cansativa.

  • Geral
3.5

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