Crítica: Megarrromântico (2019) - Cinem(ação): filmes, podcasts, críticas e tudo sobre cinema
2 Claquetes

Crítica: Megarrromântico (2019)

Alô alô bloquinho de carnaval da Netflix: tem filme novo no catálogo e ele se chama Megarrromântico (com três Rs mesmo) – Isn’t It Romantic.

Ficha técnica:
Direção: Todd Strauss-Schulson
Elenco: Rebel Wilson, Adam DeVine, Liam Hemsworth, Betty Gilpin
Nacionalidade e data de estreia: Estados Unidos, 28 de fevereiro de 2019.
Sinopse: Uma arquiteta de seus trinta e poucos anos e descrente de filmes de comédia romântica vive um mundo paralelo em que… Sua vida se transforma em uma comédia romântica!

Tá, antes de começar eu preciso assumir que adoro comédias românticas. Elas são feitas para te mostrar que um amor pode ser lindo, fofo, mágico, blá-blá-blá. Mas eu também amo drama e filmes de não-ficção bem reais tá? Não me julguem. rs

Acontece que em Megarrromântico TUDO é uma sátira. A vida triste e infeliz da protagonista que não acredita mais no amor, a reviravolta de ela acordar em um “mundo paralelo” em que tudo parece ter saído do Instragram/Pinterest e todos os super clichês que acontecem em uma comédia romântica. Adicione tudo isso com o fato de a personal principal é gorda (fora dos padrões aceitos pela sociedade).

Sei que a ideia é zoar filmes assim e mostrar o quão “bobos” eles são, mas este filme está na linha tênue entre ser mais um grande pastelão que quer fazer algo “diferente” usando uma mulher gorda como protagonista só para falar “olha como somos inclusivos”, sendo que representatividade ali não estava rolando.

Pensem comigo: pra quê fazer algo “legal” se você não tem cuidado com outros personagens? Pra quê estereotipar o amigo gay até o infinito sendo que no fim ou ele é uma POC-ultra-feliz ou é um gay mega chato? Pra quê mostrar a rivalidade feminina e depois só mostrar que a amiga da protagonista é uma “boba-folgada”? Pra quê reforçar que a modelo sempre é fútil mesmo, não importando a situação?

Uma coisa é ir além e fazer um filme inclusivo que realmente critica os clichês. Mas em Megarrromântico isso só é reforçado para o lado ruim da coisa.

O que salva é mostrar que gordas são lindas SIM e foda-se a sociedade que pense o contrário. 🙂

Deixe seu comentário