Crítica: Jason Bourne
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Crítica: Jason Bourne

Jason Bourne é o melhor título possível para um filme que retoma a franquia sobre o personagem… Jason Bourne

 

Jason-Bourne_posterFicha técnica:

Direção: Paul Greengrass
Roteiro:  Paul Greengrass e Christopher Rouse
Elenco:  Matt Damon, Alicia Vikander, Julia Stiles, Tommy Lee Jones, Vincent Cassel, Riz Ahmed, Ato Essandoh, Scott Shepherd, Bill Camp, Vinzenz Kiefer, Gregg Henry.
Nacionalidade e lançamento: EUA, 2016 (28 de julho de 2016 no Brasil)

Sinopse: Fora do radar e ‘trabalhando’ como lutador de rua, Jason Bourne (Matt Damon) é surpreendido pela ex-agente Nicky Parsons (Julia Stiles), que oferece novas informações sobre seu passado. Após quase ser morto, ele acaba voltando aos Estados Unidos para continuar a investigação, e acaba na mira do ex-chefe Robert Dewey (Tommy Lee Jones), que teme mais um vazamento de dados. Dentro na CIA, no entanto, a novata Heather Lee (Alicia Vikander) acredita que matar Bourne não é a melhor opção.

 

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Desde “O Ultimato Bourne”, de 2007, a franquia baseada no personagem de Robert Ludlum não surgia com um bom filme, já que “O Legado Bourne”, de 2012, decepcionou os fãs. Agora, “Jason Bourne” surge com a volta da dupla Matt Damon e Paul Greengrass, que fez história com excelentes filmes, capazes de remodelar o estilo de “filmes de espião”, que antes eram comumente permeados por cenas forçadas e temáticas vazias.

Não que “Jason Bourne” seja um exemplo de realismo, mas pelo menos jamais perde a verossimilhança ao longo das 2 horas de câmera sacudindo e excelentes cenas de ação.

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Na trama, acompanhamos Jason Bourne sobrevivendo incógnito até ser encontrado por Nicky Parsons, que se tornou uma espécie de “Edward Snowden” – nome que, aliás, é citado ao menos duas vezes nos diálogos do longa. Assim, o roteiro do agente da CIA desmemoriado segue os rumos sugeridos no fim do terceiro filme, já que deixa de ser uma busca por vingança ou descoberta, e passa a ser muito mais uma luta por desmascarar a verdade acobertada pelos órgãos estadunidenses. A presença de um bilionário dono de uma grande rede social ajuda a deixar a trama atual e suficientemente crítica para um produto hollywoodiano.

Sem jamais confundir ou subestimar o espectador, Greengrass mantém sua câmera que, apesar de “nervosa”, deixa claro o que se passa em cena, alternando sempre os takes mais próximos com tomadas mais amplas. E se Matt Damon mantém seu carisma e sua intensidade, o mesmo pode-se dizer de Alicia Vikander, que consegue manter o ar de mistério necessário para sua personagem. Vincent Cassell e Tommy Lee Jones cumprem a função.

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Desta forma, “Jason Bourne” conta com uma trama eficiente e cheia de reviravoltas, mas que é simples o bastante para que seja compreendida por plateias menos dispostas a repassar detalhes – chegando ao ponto de sequer exigir que o espectador tenha visto os longas anteriores.

E além as possibilidade que se abrem, a música tema que toca no final funciona como um ótimo convite para que os cinéfilos não sintam falta alguma de outros espiões com as iniciais J.B.

 

4/5

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