Entrevista: Andrew Meyer, produtor de “Clube dos Cinco”

Prestes a vir ao Brasil para exibir a versão remasterizada e comemorativa de 30 anos do filme “Clube dos Cinco”, o produtor Andrew Meyer respondeu algumas perguntas para o Cinem(ação). A exibição do longa ocorrerá no Acting & Film Festival, a ser realizado no LA Film, entre 27 de julho e 02 de agosto. Para saber mais sobre o evento, clique aqui!

Além de produtor cinematográfico, Meyer é executivo da indústria e professor, tendo passado pelas seguintes universidades: USC (university of Southern California), UCLA (University of California, Los Angeles), e atualmente a SCAD (Savannah College of Art and Design). Filmes como “Minha Vida é Um Desastre”, “Asas da Liberdade” e “Tomates Verdes Fritos” estão no currículo.

Confira a entrevista que fizemos com Andrew Meyer, e conheça mais sobre o filme “Clube dos Cinco”:

Sabemos que os conceitos tratados em “Clube dos Cinco” são os mesmos hoje em dia, mas o que mais você acha que fez este filme ficar tanto tempo no coração dos fãs?
Ele foi atemporal porque tem temas universais: crianças contra os pais e que se despiram das camadas de proteção que todos nós vestimos – estereótipos de atleta, nerd, etc – para revelarem quem realmente são. E o filme ainda é engraçado!

Ao longo dos anos 80, foram feitos muitos filmes para adolescentes. Por que este período foi tão bom para estes filmes?
Acho que esses filmes foram seguidos pelo sucesso de John Hughes. Ele foi muito prolífico neste período.

Que características de John Hughes você mais admirava nele?
De vez em quando, ele permitia que os atores acrescentassem ou mudassem algumas falas, e conseguia tirar grandes desempenhos cômicos e dramáticos de todos eles.

Existem algumas situações em “Clube dos Cinco” que provavelmente não estariam no filme se ele fosse feito nos dias de hoje, como a cena em que eles fumam. Muitos cineastas também optariam por um elenco mais etnicamente diversificado. Como você vê essas mudanças na indústria?
Bem, a cena em que eles fumam poderia muito bem estar no filme hoje, já que a maconha está sendo legalizada em muitos lugares dos Estados Unidos. E realmente, se o filme fosse feito hoje o elenco teria que ser mais etnicamente diversificado, na minha opinião.

Existe algum “filme adolescente” recente que você viu e achou que poderia ser “o novo Clube dos Cinco”?
Não. Mas existe um filme maravilhoso chamado DOPE [do diretor Rick Famuyiwa, inédito no Brasil] que tem muitas referências ao Clube dos Cinco, e ainda grandes personagens e diálogos.

Considerando que os estúdios estão investindo em continuações, o que você acha que seria mais interessante: um remake de “Clube dos Cinco” ou uma sequência que contasse a vida dos personagens?
Acredito que as duas ideias poderiam funcionar. Só dependeria do roteirista e do diretor.