Crítica: Loucas Para Casar (2015)

“Loucas Para Casar” conta a história de Malu: mulher bem-sucedida no trabalho, porém frustrada em seu relacionamento. Descobre que o marido tem duas “amantes” e a partir daí que se desenvolve o filme.  Sim, o filme gira em torno de uma mulher de quarenta anos fazendo de tudo para agradar seu namorado para poder virar marido. Inclusive, eu poderia acabar a crítica aqui e dizer: “Não assistam!”. Mas eu sou legal e vou dizer o porquê.

O roteiro e o plot twist da história até que é bom, mas acho que nos cento e oito minutos de filme eles poderiam ser bem melhor explorados ao invés de cenas com fórmulas batidas da comédia brasileira. Aliás, segue abaixo o trailer, que reúne a maior parte engraçada do filme:

Quem está acostumado a ler as minhas críticas sabe que raramente eu falo mal de alguma película. Se eu acho ruim, acho melhor nem falar sobre. Todavia, para tudo se abre uma exceção e vos digo que foram os dez reais e cinqüenta centavos (mais uma noite de segunda-feira) mais mal-investidos do ano (tá no começo, mas vocês entenderam o drama). Todos sabemos que o gênero comédia é o mais forte do mercado brasileiro. Logo, colocar “Loucas para Casar” no mesmo saco que “Mulher Invisível”, por exemplo, que também trata dos assuntos “relacionamento” e “distúrbios psicológicos”, se torna impossível.

O filme tem seus momentos bons? Até tem. Entretanto é muito triste para o cinema nacional ver Ingrid Guimarães sair de “De Pernas Para o Ar” e ir parar nisso. Mesma coisa com Tatá Werneck, uma humorista talentosíssima fazendo um papel que não chega nem aos pés de Valdirene (Amor à Vida), e olha que eu nem assisto novela. Entre outros grandes nomes do elenco. Que por fim das contas quem mais se destacou nem foi a principal. Se fosse pra salvar alguém desse navio seria Lúcia, personagem de Suzana Pires, que me pareceu a persona menos caricata e exagerada (no modo ruim) de todas que me tirou mais risadas.