Universal Pictures e os universos compartilhados
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Universal Pictures e os universos compartilhados

Se os cinéfilos do futuro forem estudar o momento que o cinema vive hoje, em meados da segunda década do século 21, certamente uma palavra será largamente utilizada: Universos Compartilhados.

É que praticamente todos os grandes estúdios de Hollywood possuem grandes marcas presentes em séries de filmes que contemplam grupos de personagens que convivem no mesmo universo, de forma a possibilitar spin-offs, continuações, histórias paralelas, além de toneladas de dinheiro provenientes de produtos licenciados, como jogos, livros, quadrinhos, etc.

Enquanto a Disney é a rainha dos universos compartilhados, sendo dona da maior parte do Universo Marvel e também da franquia Star Wars, a Warner Bros não fica muito atrás, pois possui absolutamente todos os personagens da DC Comics e retornará em breve com o “universo” do mundo Harry Potter.

A Sony possui direitos sobre o lucrativo Homem-Aranha e a Fox continua com as infinitas possibilidades de combinar o X-Men em diversos filmes.

Neste jogo de quem ganha mais dinheiro, a Universal Pictures ficou chupando o dedo. Agora, os estúdios do conglomerado NBC/Universal querem aproveitar a onda. Trata-se de uma forma de não ficar atrás da concorrência.

Além de investir na possibilidade de diversos filmes no mundo de espionagem de Jason Bourne (que já possui quatro filmes e pode ganhar mais), agora o estúdio quer criar um mundo unificado com todos os “Monstros da Universal”. Afinal, a época de ouro do estúdio foi com seus clássicos de terror como Drácula, Frankenstein, Múmia, entre tantos outros.

Embora a Universal Pictures tenha continuado a produzir filmes ruins de personagens como Drácula, A Múmia e Van Helsing, entre outros, seus projetos foram apenas tramas fechadas.

Para fazer o novo universo de monstros, a empresa uniu dois grandes nomes: Alex Kurtzman e Chris Morgan. Enquanto o primeiro estava em outros estúdios ajudando a reavivar franquias como Transformers, Star Trek e o novo Homem-Aranha, o segundo foi responsável pela franquia Velozes e Furiosos, que tem colocado muito dinheiro nos cofres da casa.

A ideia de “reviver os clássicos” que a Universal criou poderá ser uma boa ideia, e começará com o remake de “A Múmia”, previsto para 2016. No entanto, é importante compreender que eles não possuem direitos de exclusividade sobre os personagens (diferente de seus concorrentes), já que tratam-se de criações de domínio público, e isso abre possibilidades para outros estúdios fazerem outros longas com os mesmos nomes. É o caso do filme “Frankenstein”, da Fox, previsto para 2015, que tem James McAvoy e Daniel Radcliffe no elenco.

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