“Jogo das Decapitações”, do diretor Sérgio Bianchi, estreia em São Paulo nesta quinta-feira
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“Jogo das Decapitações”, do diretor Sérgio Bianchi, estreia em São Paulo nesta quinta-feira

JogodasDecapitações1_posterO filme “Jogo das Decapitações” estreia na cidade de São Paulo nesta quinta-feira, dia 19. O longa deve ficar disponível entre os dias 19 e 25 de junho na sala 6 do Espaço Itaú de Cinema Frei Caneca, com sessões às 16h, 18h, 20h e 22h (sendo que na segunda-feira, 23, não haverá as sessões das 16h e 18h devido ao jogo do Brasil). Ainda nesta semana, o longa nacional também chega às cidades do Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Maceió e em Brasília.

Dirigido por Sérgio Bianchi (Quanto Vale ou é por Quilo?), “Jogo das Decapitações” fala sobre temas atuais e presentes na realidade brasileira, como violência, repressão policial, ódio entre classes e corrupção. A história surgiu a partir do descontentamento do diretor com os rumos tomados pela geração da qual faz o diretor parte. “O filme é isso: raiva. Raiva da minha geração”, destila Bianchi.

Desta vez, Fernando Alves Pinto (“São Silvestre” e “2 Coelhos”) é Leandro, um estudante de mestrado que está quase perdendo o prazo de entrega de sua tese sobre grupos militantes que tentaram combater a ditadura brasileira. Ele é filho de Marilia (Clarisse Abujamra), uma ex-guerrilheira que hoje preside uma ONG para vítimas do regime militar e busca indenização do governo pela tortura que sofreu. É ela quem liga para alguns amigos anistiados – que agora estão no poder – para pedir emprego ao filho.

Rafael (Silvio Guindane) é o único amigo de Leandro: um jovem contestador que traz à tona todos os podres da sociedade brasileira, criticando governo e oposição, enquanto Vera (Maria Manoella) é sua colega no trabalho que a mãe de Leandro arrumou, e que só quer saber de ganhar dinheiro e cuidar de sua vida, sem dar a mínima para questões políticas.

JogodasDecapitações3Com as pesquisas feitas para o mestrado, Leandro descobre um filme que foi censurado em 1973, e cujo diretor é seu pai, Jairo Mendes (Paulo Cesar Peréio), um cineasta “marginal” que ele não conheceu. Mesmo pressionado por seu orientador, ele fica obcecado pela obra, “Jogo das Decapitações” (longa fictício mostrado no filme por meio das imagens de “Maldita Coincidência”, primeiro longa de Bianchi, de 1979), e resolve ir atrás do filme e da história por trás de seu polêmico e profético pai, que usava a seguinte frase: “No futuro, esquerda e direita jogarão o mesmo jogo, legitimadas por este tempo horrível que agora vivemos”, dizia Jairo Mendes.

O longa, que foi exibido nas últimas edições do Festival do Rio e da Mostra Internacional de São Paulo, critica a política contemporânea sem ter qualquer pendência para os partidos atuais, e remexe em feridas de um passado recente, exibindo um presente problemático, com situações que toleramos ou que fingimos não ver. “Jogo das Decapitações” lança questionamentos incômodos em meio a diálogos críticos.

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Veja o teaser:

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