Festival do Rio começa dia 26 de Setembro com mais de 40 longas e 30 curtas - Cinem(ação): filmes, podcasts, críticas e tudo sobre cinema
Cinema Nacional

Festival do Rio começa dia 26 de Setembro com mais de 40 longas e 30 curtas

Já aclamado no Brasil como um dos principais festivais, o Festival do Rio 2013 terá como abertura a exibição do documentário “Amazônia”, filme em 3D que já está garantido no Festival de Veneza.

Confira abaixo a lista de todos os filmes que serão exibidos na mostra competitiva, ou seja, que disputam os “Redentores”, prêmios da “Premiére Brasil”, a competição do festival. Dos filmes, apenas quatro não terão no festival suas primeiras exibições: “De Menor” e “O Lobo Atrás da Porta” terão sido exibidos no Festival de Toronto, enquanto “Tatuagem” e “Os Amigos” concorreram em Gramado.

 

osamigos_posterOS AMIGOS, de Lina Chamie

Essa produção de São Paulo é o terceiro longa de ficção da cineasta Lina Chamie, que fez ainda “Tônica Dominante” (2001) e “A via láctea” (2007), exibido na Semana da Crítica do Festival de Cannes. Os amigos conta a história de Théo em um dia especial de sua vida: o do funeral de seu melhor amigo de infância. As circunstâncias o levam a relembrar seu passado e olhar para a vida de uma outra maneira. O filme, que tem no elenco nomes como Marco Ricca, Dira Paes, Alice Braga e Caio Blat, estreou no Festival de Gramado, onde ganhou o Kikito de melhor montagem

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DE MENOR, de Caru Alves de Souza

Depois de dirigir os curtas “Assunto de família” (2011) e “O mundo de Ulim e Oilut” (2011), Caru Alves de Souza estreia em longas com “De menor”. O filme se foca na relação entre Helena, advogada recém-formada que divide sua rotina como defensora pública de crianças e adolescentes, e Caio, jovem que vive sob seus cuidados e com quem tem uma relação de cumplicidade e harmonia. O relacionamento dos dois é colocado em xeque quando Caio comete um delito. “De Menor” também está na seleção do Festival de San Sebastián, que acontece no fim de setembro, dentro da mostra Horizontes Latinos.

 

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ENTRE NÓS, de Paulo Morelli

Paulo Morelli é um dos nomes a frente da produtora paulista O2 e assinou filmes como “Viva voz” e “Cidades dos Homens”. “Entre Nós” é seu quarto longa e conta a história de um grupo de jovens amigos, isolados numa casa de campo, que decide escrever e enterrar cartas destinadas a eles mesmos, para serem abertas dez anos depois. Mas, depois que uma tragédia acontece naquela mesma noite, eles perdem contato. Até que se reencontram uma década mais tarde. No elenco, estão nomes como Caio Blat, Carolina Dieckmann, Maria Ribeiro e Paulo Vilhena.

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A ESTRADA 47, de Vicente Ferraz

Vicente Ferraz, diretor de “Soy Cuba – O mamute siberiano” (2005) e “O último comandante” (2010), se aventura pela Itália nos últimos anos da Segunda Guerra. “A estrada 47” conta a história de uma esquadra de caçadores de minas da Força Expedicionária Brasileira que sofre um ataque de pânico. Desesperados, com frio e fome, os pracinhas têm de optar por enfrentar a Corte Marcial ou encarar novamente o inimigo. Com Daniel de Oliveira e Julio Andrade no elenco.

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O HOMEM DAS MULTIDÕES, de Marcelo Gomes e Cao Guimarães

O pernambucano Marcelo Gomes (de “Cinema, Aspirinas e Urubus” e “Era uma vez eu, Verônica”) e o mineiro Cao Guimarães (de Andarilho e Otto) juntam forças nesse novo filme, uma reflexão sobre diferentes formas de solidão e amizade. Juvenal é um maquinista de metrô em Belo Horizonte, e Margô controla o fluxo dos trens. Ambos vivem em um estado de profunda solidão. No filme, Paulo André é Juvenal e Sílvia Lourenço é Margô.

 

JOGO DAS DECAPITAÇÕES, de Sérgio Bianchi

O cineasta paulista Sérgio Bianchi retorna à competição do Festival do Rio com seu mais novo filme. Diretor de títulos polêmicos, como “Cronicamente Inviável” (2000), “Quanto vale ou é por quilo?” (2005) e “Os inquilinos” (2009), ele apresenta a busca de Leandro por memórias de um artista recém-falecido e seu filme perdido. Um jovem insatisfeito com seu trabalho, ele se aprofunda cada vez mais em sua tese de mestrado, sobre o período da ditadura militar no Brasil. Jogo das decapitações também é o título do filme dentro do filme.

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O LOBO ATRÁS DA PORTA, de Fernando Coimbra

O cineasta Fernando Coimbra ficou conhecido por uma série de curtas-metragens premiados em festivais dentro e fora do Brasil, entre eles “Trópico das cabras” (2007). Agora ele estreia em longas com “O lobo atrás da porta”, a história de uma família lidando com o sumiço de uma criança. Sylvia e Bernardo, pais da menina, e Rosa, amante de Bernardo, prestam depoimentos contraditórios, deixando transparecer os lados mais obscuros do desejo, da carência e da perversidade. O elenco conta com Milhem Cortaz, Leandra Leal, Fabíula Nascimento e Juliano Cazarré, entre outros.

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MINUTOS ATRÁS, de Caio Sóh

O poeta e dramaturgo Caio Sóh traz seu segundo longa-metragem à Première Brasil, depois de “Teus olhos meus” (2011), premiado no Festival de Cinema Brasileiro de Los Angeles e na Mostra de São Paulo. Com Vladimir Brichta, Otávio Muller e Paulinho Moska no elenco, “Minutos Atrás” é um reflexão sobre distorções temporais. Alonso, Nildo e seu cavalo compartilham o caminho por uma e estrada onde restos de sonho são catados e medos jogados fora em busca da construção de um novo destino. O longa é baseado na peça escrita pelo próprio diretor.

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PERISCÓPIO, de Kiko Goifman

O mineiro Kiko Goifman, vencedor do Prêmio Especial do júri no Festival do Rio em 2011 por “Olhe Pra Mim de Novo”, apresenta agora seu mais novo filme. Ele volta a trabalhar com o crítico e pesquisador Jean-Claude Bernardet, que já estivera no elenco de “Filmefobia” (2008). Bernardet contracena com João Miguel nessa história de dois homens, um de 76 e outro de 43 anos, que vivem juntos em meio a incessantes brigas e conflitos. O mais novo é assistente e enfermeiro do mais velho. A relação entre eles parece não ter mais esperança, até que um estranho objeto surge do apartamento de baixo.

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QUASE SAMBA, de Ricardo Targino

Ricardo Targino completa a lista de cineastas mineiros na competição da Première Brasil esse ano. Marca também mais uma estreia em longas, depois de uma bem-sucedida carreira como curta-metragista, de filmes como “Ensolarado” (2010), exibido no Festival de Berlim. Seu primeiro longa se passa durante o último mês de gravidez de uma cantora de rádio, que se vê dividida entre dois homens que acreditam ser o pai da criança: um miliciano e um hacker. O universo se completa com Shirley, cross-dresser e fiel escudeiro da cantora.

TATUAGEM _ Fininha - Jesuíta Barbosa e Clécio - Irandhir Santos _ cred Flávio Gusmão

TATUAGEM, de Hilton Lacerda

O cinema de Pernambuco, que marcou presença na Première ano passado com “O som ao Redor”, de Kleber Mendonça Filho, volta com força total esse ano. “Tatuagem” é o primeiro longa de ficção de Hilton Lacerda, que já havia dirigido o documentário “Cartola – Música para os olhos” (2007) em parceria com Lírio Ferreira, e escrito filmes como “Amarelo Manga” (2003) e “Árido Movie” (2006). O longa se passa em 1978, quando o regime militar já se encontrava desgastado, e conta a história do romance entre um soldado de 18 anos e o dono de um cabaré anarquista. “Tatuagem” ganhou os Kikitos de melhor filme, ator (Irandhir Santos) e trilha sonora no Festival de Gramado.

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