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Crítica: A Felicidade Não se Compra

wonderful_lifeAh meus amigos… Todos nós já tivemos aqueles dias onde pensamos seriamente na vida que vivemos, nas escolhas que fizemos e nas que deixamos de fazer. O que será que teria acontecido se eu tivesse roubado aquele beijo da Mariazinha e fugido com ela para Pissaraguatuba do Sul ao invés de ser um medroso e deixar a vida me levar? Não sabemos né? Talvez jamais saberemos.

Então eu, fã incondicional das teorias do “e se?”, dos multiuniversos e da boa e velha premissa do “você escreve seu próprio futuro”, não pude deixar de assistir a esse filme, depois que uma amiga o indicou, anunciando-o como “o filme que tomei como resolução assistir todo o final de ano”.

Dirigido por Frank Capra, imigrante italiano que veio bem jovem para os EUA e dominou as premiações do Oscar na década de 30 vencendo 3 estatuetas de melhor filme, “A Felicidade Não se Compra” é uma história daquelas que te faz realmente pensar acerca do que sua vida representa como um todo. As pessoas que você escolhe, e as que escolhem você. George Bailey (interpretado aqui por um jovem James Stewart que depois ficou bastante conhecido protagonizando filmes do mestre Hitchcock) é um cara muito bacana, que desde menino sempre se preocupou em fazer o certo e ajudar as pessoas. George sonhava em sair de Bedford Falls e estudar na universidade, depois viajar o mundo construindo coisas. Porém, quis o destino que seus planos fossem desfeitos e nosso herói acabou forçado a permanecer a vida toda na pacata cidade.

George cresceu, se apaixonou, casou e envelheceu na cidade, porém as coisas não foram simples. Assumindo por amor a firma de seu falecido pai, ele se viu em delicadas situações para conseguir dinheiro para honrar suas dívidas e manter de pé o sonho de oferecer conforto aos menos favorecidos da cidade, construindo casas a preços populares. As coisas tomam um rumo muito complicado e o mundo parece estar ruindo na cabeça de George que, depois de muitas desventuras, resolve se matar.

Lá do céu, um anjo é enviado à Terra com a missão de impedir o desastre e tem entãoIts_A_Wonderful_Life_Movie_Poster com George um importante diálogo, onde mostra a ele, amargurado que está, como seria a vida naquele lugar se ele nunca tivesse nascido. E é ai que mora a beleza do filme. É nesse ponto que nos permitimos fazer uma analogia, pegar emprestada a idéia e trazer isso para a nossa vida, num exercício para entender o quanto nossa passagem por aqui afeta diretamente a vida de muitas pessoas, para o bem ou para o mal.

“A Felicidade Não se Compra (It´s a Wonderful Life, em inglês), é um filme doce e sensível, que pode agradar a todos que procuram um cinema que fala a linguagem da vida, das coisas simples, sem se preocupar em impressionar. Mesmo se você não for fã de fitas em preto e branco (o filme é de 1946), de uma chance a esse anjo da guarda. Ele tem algo legal a te mostrar.

Nota: 4 Claquetes

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