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Dica de Filme / Crítica: Quatro Casamentos e um Funeral

Considerado o filme que inaugurou as típicas comédias britânicas com humor ácido, “Quatro Casamentos e um Funeral” tem na simplicidade sua principal característica. Lançado em 1994, o filme estrela Hugh Grant e Andie MacDowell em uma produção de orçamento baixíssimo que alcançou grande sucesso graças à típica propaganda “boca-a-boca”.

Quando consideramos que as comédias românticas recentes são totalmente mastigadas, podemos ver como este filme merece créditos pelo simples fato de não ter pressa de contar detalhes dos personagens: com o devido tempo, o espectador vai conhecendo cada um dos personagens importantes por meio dos diálogos, que por sinal são muito bem elaborados e cheios de ironia.

O filme se passa nos cinco diferentes “eventos” (do título) na vida de Charlie (Grant), que se apaixona por Carrie (MacDowell) e repete os encontros com ela nestes momentos. Em todos os momentos, a direção de Mike Newell é sutil ao mostrar diferentes rostos assistindo aos casamentos, trazendo uma condição de realidade muito forte ao longa.

Embora tenha certas fotos desnecessárias no final, o filme conta com atuações interessantes e prova como é possível contar histórias simples (e até mesmo clichês) de maneira nova. A cena em que Matthew (John Hannah) homenageia o amigo no funeral é particularmente tocante, por mais que destoe do restante do filme. Talvez seja neste momento que o espectador entenda a importância de amar e ser amado, e é também neste momento que o filme se torna mais que uma simples comédia romântica.

É uma pena que comédias românticas como esta não são muito comuns. Outros bons exemplos posteriores foram escritos pelo mesmo roteirista. Afinal, Curtis escreveu “Um Lugar Chamado Notting Hill” e “Simplesmente Amor”.

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