Eu Cinéfilo #30: Alice Através do Espelho (2016) - Cinem(ação): filmes, podcasts, críticas e tudo sobre cinema
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Eu Cinéfilo #30: Alice Através do Espelho (2016)

Sobre Alice Através do Espelho:

 

Pouca coisa funciona nessa continuação de “Alice no País das Maravilhas (dirigida por Tim Burton em 2010), O primeiro rendeu mais de 1 bilhão em bilheteria em todo o mundo, apesar de não ser um filme formidável. Burton retorna agora apenas como produtor, deixando a direção à cargo de James Bobin, que demonstrou talento com “Os Muppets” (2011), mas aqui não consegue segurar uma super produção repleta de efeitos visuais fantásticos, mas com um fiapo de história. Se “Alice no País das Maravilhas” tinha suas falhas, ao menos carregava o “fator novidade”, em apresentar uma história que se passava depois do que aconteceu com Alice no mundo mágico habitado por seres exóticos.

Em “Alice Através do Espelho”, a história nada tem a ver com a continuação escrita por Lewis Carroll, perdendo muito tempo insistindo em tornar Johnny Depp (o Chapeleiro Maluco) um personagem de muito destaque na trama, devido a sua grande popularidade. Mas a verdade é que Depp tem se perdido em projetos fracassados, perdendo o brilho, e recentemente sendo alvo de polêmicas envolvendo sua ex-esposa Amber Heard.

Alice Através do Espelho

Nem a vilã Rainha Vermelha feita por Helena Bonham Carter (que roubou as cenas no primeiro filme) tem grandes momentos. Sacha Baron Cohen interpreta uma espécie de controlador do tempo (um personagem mal desenvolvido), sem grandes chances. Anne Hathaway retorna com seu charme de sempre, e as figuras estranhas também estão de volta (o filme é dedicado ao ator Alan Hickman, falecido recentemente e que aqui interpreta a Lagarta azul).

O figurino é majestoso e a direção de arte continua sendo o ponto alto (ainda que não se saiba mais o quanto de tudo aquilo é real ou computação gráfica). A história mostra Alice (a australiana Mia Wasikowska) voltando no tempo para salvar a família do Chapeleiro Maluco, que está sendo mantida prisioneira. Em meio à vários momentos fracos, há uma boa sequência, quando o mundo mágico se torna trevas e os personagens precisam fugir, senão também serão transformados.

Pode ser uma diversão razoável se não exigir demais.

 

Texto escrito por:

Kley Coelho

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