Crítica: Soul e a fórmula da Pixar para o sucesso de suas animações
É incrível como a cada nova animação a Pixar se supera e nos surpreende. Soul é pura beleza estética com um turbilhão e sentimentos e reflexões sobre o que é viver. E claro, depois de assistir esta reflexão sobre o sentido da vida em formato de filme animado, fica uma certeza: as animações da Pixar são para adultos e não para crianças. Ou talvez seria para crianças grandes?
Em Soul, a história é focada na figura de um músico apaixonado por Jazz, que acredita que seu propósito de vida é a música. A animação vai nos levando por uma jornada pelas ruas de uma Nova York repleta de cores e muita música, a qual faz muitos transcenderem para um reino cósmico.
Olhando para essa premissa é possível fazer um paralelo com outras produções da Pixar que tem um conceito semelhante: Divertidamente, Viva: A vida é uma festa e Ratatouille. Ambos os filmes trazem essa abordagem um tanto intelectual e artística dos conceitos de família, sentido da vida, medos, sonhos e sentimentos. Não é loucura dizer que sejam filmes na mesma realidade.
Sempre temos personagens incompreendidos, sonhadores, que lutam por algo e claro: transbordando de sentimentos. Cada um desses filmes transmite coisas semelhantes, as fórmulas e as jornadas dos personagens são parecidas, mas incrivelmente funcionam e tornam as histórias completamente singulares. Receita melhor do que essa? Não sei, mas tem dado certo a muito tempo.
Se não viu Soul ainda, prepare o lenço. Se estiver em crise existencial a animação vai te ajudar a refletir sobre a importância de valorizar as pequenas coisas. Assim como, te lembrar que a alegria e os grandes prazeres da vida estão nas pequenas coisas e nos detalhes.
Dessa forma, só resta dizer que, Soul é franco favorito a estatueta de Melhor Animação do Oscar 2021. E tende a brigar por uma vaga, muito justa, na categoria de Melhor Filme. Outras apostas são nas categorias de trilha sonora.