Crítica: Música, Amigos e Festa

Em “Música, Amigos e Festa“, acompanhamos a história de Cole (Zac Efron), um aspirante a DJ que anda com alguns amigos que, assim como ele, apenas querem ganhar um bom dinheiro e se divertir, tal qual a maioria dos jovens da mesma idade. Neste ponto, o filme do diretor Max Joseph é um interessante retrato dos millennials, a tal “Geração Y” que tanto sofre com as incertezas do mundo pós-moderno: tanto Cole quanto seus amigos não sabem muito bem o que querem, aceitam um trabalho apenas para ganhar algum dinheiro que satisfaça seus desejos egocêntricos, e se metem em brigas.
Embora o roteiro trate com desdém alguns elementos da história dos personagens, como a carreira do famoso DJ “mentor” de Cole (Wes Bentley, que manda muito bem), ou a forma leviana com que os amigos Squirrel, Ollie, Mason e Cole levam suas vidas, os momentos interessantes do filme ganham força graças ao esforço dos atores principais – e vale destacar um breve e sutil momento no último ato em que Mason (Johnny Weston) tenta se mostrar feliz pelo que Cole conquistou, mas já não sente a empolgação que sentiria no início do filme.
Mesmo que não seja totalmente memorável ou intenso, “Música, Amigos e Festa” é um interessante retrato de jovens “perdidos”, com direito a uma trajetória musical de superação correta e bons momentos – como aqueles que utilizam animação para mostrar os efeitos das drogas ou exibir o resultado da música no corpo das pessoas.
Na próxima vez que escutar música eletrônica, vou me lembrar de que é possível haver algo muito mais profundo do que apenas “batidas” vindas de um computador – embora eu saiba que alguns DJs são apenas “apertadores de botões”.
3/5

