“Jogo das Decapitações”, do diretor Sérgio Bianchi, estreia em São Paulo nesta quinta-feira

Dirigido por Sérgio Bianchi (Quanto Vale ou é por Quilo?), “Jogo das Decapitações” fala sobre temas atuais e presentes na realidade brasileira, como violência, repressão policial, ódio entre classes e corrupção. A história surgiu a partir do descontentamento do diretor com os rumos tomados pela geração da qual faz o diretor parte. “O filme é isso: raiva. Raiva da minha geração”, destila Bianchi.
Desta vez, Fernando Alves Pinto (“São Silvestre” e “2 Coelhos”) é Leandro, um estudante de mestrado que está quase perdendo o prazo de entrega de sua tese sobre grupos militantes que tentaram combater a ditadura brasileira. Ele é filho de Marilia (Clarisse Abujamra), uma ex-guerrilheira que hoje preside uma ONG para vítimas do regime militar e busca indenização do governo pela tortura que sofreu. É ela quem liga para alguns amigos anistiados – que agora estão no poder – para pedir emprego ao filho.
Rafael (Silvio Guindane) é o único amigo de Leandro: um jovem contestador que traz à tona todos os podres da sociedade brasileira, criticando governo e oposição, enquanto Vera (Maria Manoella) é sua colega no trabalho que a mãe de Leandro arrumou, e que só quer saber de ganhar dinheiro e cuidar de sua vida, sem dar a mínima para questões políticas.

O longa, que foi exibido nas últimas edições do Festival do Rio e da Mostra Internacional de São Paulo, critica a política contemporânea sem ter qualquer pendência para os partidos atuais, e remexe em feridas de um passado recente, exibindo um presente problemático, com situações que toleramos ou que fingimos não ver. “Jogo das Decapitações” lança questionamentos incômodos em meio a diálogos críticos.
Veja o teaser:
