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Crítica: Imaculada

Imaculada – Ficha técnica:
Direção: Michael Mohan
Roteiro: Andrew Lobel
Nacionalidade e Lançamento: Estados Unidos, 2024
Sinopse: Cecilia, uma jovem religiosa, se torna freira em um convento isolado na região rural italiana. Após uma gravidez misteriosa, Cecilia é atormentada por forças perversas, enquanto confronta segredos sombrios.
Elenco: Sydney Sweeney, Álvaro Morte, Simona Tabasco, Benedetta Porcaroli, Giorgio Colangeli, Dora Romano.

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Freiras estão em alta no cinema de horror. Em meio a uma onda de conservadorismo no mundo, essas figuras que denotam tanta pureza estão sendo o centro de alguns dos últimos lançamentos que mostram o mundo por trás das portas dos conventos como algo bastante assustador, não cheio de luz e paz celestial. 

Após o lançamento de A Freira 2 e A Primeira Profecia, temos Imaculada, terror protagonizado por Sydney Sweeney, uma das revelações dos últimos anos. 

Aqui temos Cecilia, uma jovem freira cheia de fé que chega em um convento bastante isolado na Itália. Com o passar do tempo, coisas estranhas começam a acontecer, incluindo sua gravidez misteriosa, deixando a dúvida se foi um milagre, tipo o de Maria, ou algo perverso. 

Um filme que parece trazer como uma das suas inspirações o filme O bebê de Rosemary, mas que diferente do filme da década de 60, não é marcante em nada. Sim, Imaculada consegue trazer uma boa ambientação que dá ao público a sensação de isolamento, opressão e desconforto que a protagonista sente. Durante toda a projeção um clima de medo é colocado e funciona bem. Sempre parece que algo do mal está ao seu redor e a espreita. Só que o filme é genérico demais. 

Diversos elementos já batidos do terror são colocados da maneira mais preguiçosa possível. Pássaros que batem na janela criando um susto bobo e que não faz diferença nenhuma para a trama nem aumenta de fato a tensão. Vários jumpscares jogados ao longo do filme. Imaculada tem uma trama que se desenrola da forma mais óbvia possível. Todas as respostas são absolutamente previsíveis. A protagonista, por melhor que Sydney Sweeney esteja em cena, é pouco desenvolvida, o que a distancia do público de certa forma. 

Os 30 minutos finais de Imaculada são apressados e sem o desenvolvimento necessário. Tudo se resolve muito rapidamente e a personagem principal cria uma personalidade que até então não havia sido apresentada. Inclusive suas ações chegam a ser incoerentes com o que havia sido posto em tema até então. 

É visível que o longa quer criticar o controle que a igreja exerce nas mulheres e a questão do domínio que o patriarcado tem em cima do corpo feminino. Temas que são muito pertinentes e precisam ser retratados nas telas. O problema é que o filme não consegue alcançar o seu desejo e as questões acabam soando superficiais. Como praticamente tudo em Imaculada.

  • Nota
2.5

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