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Eu Cinéfilo #65: “Perdida” (2023): Um Conto Perdido no Tempo

Dirigido por Katherine Chediak Putnam, “Perdida” (2023) é uma adaptação do livro homônimo de Carina Rissi, que transporta a protagonista Sofia, interpretada por Giovanna Grigio, para o século XIX após um acontecimento misterioso com seu celular. Nessa nova realidade, ela conhece Ian Clarke, vivido por Bruno Montaleone, e é acolhida pela família Clarke enquanto tenta encontrar um meio de retornar para sua época.

O filme, embora tenha suas falhas, consegue contar uma boa história e é visualmente impressionante. A fotografia e os figurinos são impecáveis, transportando o espectador para a atmosfera do século XIX. A trilha sonora, especialmente a interpretação de “Can’t Help Falling in Love” pelo Pentatonix, é emocionante.

Destacam-se as atuações de Giovanna Grigio, Bruno Montaleone e outros membros do elenco, proporcionando uma química interessante entre os personagens. No entanto, alguns desejaram mais cenas explorando a relação entre Sofia e Ian, assim como elementos importantes da trama, como a criação do shampoo e outras situações do livro, que não foram devidamente abordados.

Apesar disso, o filme é uma tentativa louvável de trazer o universo de Jane Austen para a tela grande. Entretanto, críticas apontam que o roteiro é raso, os diálogos ensaiados e os atores não conseguiram convencer plenamente. A narrativa também foi considerada maçante por alguns espectadores, e o final recebeu críticas contraditórias, com opiniões variadas sobre sua adequação.

“Perdida” é uma adaptação aguardada pelos fãs do livro, embora tenha recebido críticas por não abordar certos aspectos históricos, como a escravidão, e por sua conclusão considerada piegas e fora de sintonia com a personalidade da protagonista.

Em suma, “Perdida” é um filme que tem seus méritos, mas também suas falhas, mostrando potencial para explorar temas interessantes, mas se perdendo no desenvolvimento da trama e na execução de sua mensagem. Apesar disso, é uma tentativa de trazer uma história no estilo de Jane Austen para os cinemas, oferecendo uma experiência visualmente atraente e um elenco dedicado. No entanto, fica evidente que o filme poderia ter alcançado um impacto mais profundo e uma conexão emocional mais forte com o público se tivesse aprimorado seu roteiro e abordado questões históricas de forma mais crítica e sensível.

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Texto escrito por:

Joseclei Nunes – [email protected]

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