Festival de Cinema de Gotemburgo eleva isolamento social à máxima potência
Quem é cinéfilo gosta de ir ao cinema sozinho, e talvez já tenha vivido a experiência de ver um filme sem mais ninguém na sala. Em tempos de pandemia, isso parece ser mais atrativo, mas certamente pouco sustentável economicamente…
Não para o Festival de Cinema de Gotemburgo!
Enquanto os festivais se resumem a versões enxutas, como foi o festival de Veneza de 2020, ou 100% on-line, como a maioria, o Festival de Cinema de Gotemburgo decidiu inovar e levar UMA ÚNICA PESSOA a uma ilha deserta com nada menos que 70 filmes para assistir!
O evento realizado todos os anos na Suécia levou o isolamento social à máxima potência. Segundo matéria do The New York Times, o festival selecionou uma enfermeira apaixonada por filmes, que tirou alguns dias de férias para ficar sozinha em uma ilha, sem livros, telefones ou outras distrações, apenas com os filmes da competição para assistir sozinha.
Além disso, o Festival de Cinema de Gotemburgo também realizou sessões de filmes em salas da cidade de Gotemburgo para apenas UMA PESSOA.
É claro que a ação do festival foi um experimento para levar as pessoas a pensarem. Não teria como viabilizar um festival todo assim, e as exibições on-line continuam sendo a melhor solução enquanto as aglomerações continuarem sendo uma ameaça à saúde.
O filme sueco Knocking e o dinamarquês Druk estiveram entre os destaques do evento.
No início de 2020, na edição anterior, o festival sueco declarou que o presidente do Brasil Jair Bolsonaro é o inimigo número 1 do cinema, e alertou para a ameaça de destruição do cinema brasileiro.