Eu Cinéfilo #55: GRAND BUDAPEST HOTEL - Cinem(ação)
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Eu Cinéfilo #55: GRAND BUDAPEST HOTEL

O Grand Budapest Hotel conta sobre um lendário concierge em um famoso hotel europeu entre as guerras e sua amizade com um jovem funcionário que se torna seu protegido de confiança. A história envolve o roubo e a recuperação de uma pintura renascentista de valor inestimável, a batalha por uma enorme fortuna familiar e as lentas, e repentinas revoltas que transformaram a Europa durante a primeira metade do século XX.

No elenco e na equipe que trabalharam nesse filme gostaria de ressaltar  os seguintes nomes: direção: Wes Anderson; Diretor de arte: Stephan O. Gessler; Atores: Ralph Fiennes, Tony Revolori e entres outros como Jude Law, Willem Dafoe, Bill murray, Owen Wilson, Tilda Swinton e Edward Norton.

O trabalho feitos por Wes Anderson (O Fantástico Sr. raposa, e a ilhas dos cachorros) é simplesmente espetacular, a forma suave e bela de como ele conta seus contos fantásticos, faz com que o espectador se alegre com as obras, muitas vezes passando aquela leveza pelo simples mas também tão extraordinário que nos faz rir e se emocionar.

E o que ele faz no Grand Budapest Hotel não é diferente. Ele consegue nos passar ali pelo roteiro original escrito por ele mesmo, uma história de amizade que se passa é um momento tão difícil (pré segunda guerra) e ainda mais em pleno leste europeu. À história é extremamente cativante, com seus momentos cômicos suas cenas de suspense e todo o mistério que envolve a história.

Mas um dos pontos mais marcantes do filme todo é sua fotografia e a colorimetria por trás das cenas que eu cheia de cores vibrantes e muito marcantes e devemos isso ao Stephan O. Gessler(v de vingança é bastardos inglórios) e também à Anna Pinnock que cuidou da decoração do set. 

As decisões mais que acertadas de usar as cores do filme de forma tão marcante, um exemplo muito é na cena que temos um casal onde eles estão rodeados por rosa é um azul-claro remetendo ao amor e até mesmo a inocência dos personagens.

O Roteiro do filme é excepcional e mereceu chegar e lutar pelo Oscar, mas em 2015 a disputa era grande e Birdman saiu como vitorioso. O roteiro é tão bem feito que é difícil encontrar erros, talvez em alguns momentos quando a história parece irreal demais para ser verdade, mas não vejo como um erro ou uma tentativa de encontrar solução não existente, e sim como parte daquele universo fictício onde tais ações são tomadas como possíveis.

Devemos também falar do quão espetacular o figurino e a trilha sonora(original) são, ganhando de forma merecida Oscar por essas duas categorias. E esses dois pontos são essenciais para que sentíssemos estar dentro daquela história e poder participar de forma mais completa.

Já sobre as atuações os focos principais se devem ao Ralph Fiennes (Voldemort) e ao Tony Revolori, visto que os outros são mais coadjuvantes, porém consegue apresentar aqui que foi pedido de forma magistral como a própria Tina se passando por  uma velha(vendo uma maquiagem espetacular)

À atuação dessa dupla inesperada é espetacular, é extremamente divertido ver os dois juntos parecendo mesmo que são além de um mentor e um aprendiz. 

A personalidade excêntrica do personagem de Ralph faz todo o charme do filme junto da motivada e ainda inocente personalidade de Tony, ajuda a fazer com que esse filme seja caricato é tão divertido.

Admito que esse filme me surpreendeu de diversas formas onde eu não esperava me deparar com uma história tão envolvente e marcante, o trabalho feito nesse filme é difícil de ser refeito, e deve ser enaltecido e lembrado por várias gerações. 

Texto escrito por: Teodoro Camargo Guimarães

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