Crítica: Scoob! O filme (2020) - Cinem(ação): filmes, podcasts, críticas e tudo sobre cinema
imagem de divulgação do filme novo do Scooby Doo
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Crítica: Scoob! O filme (2020)

Infelizmente o novo filme sobre Scooby Doo não chegará as telas dos cinemas. Devido a pandemia do novo coronavírus, a animação dirigida por Tony Cervone, teve que realizar sua estreia nas plataformas de streaming como iTunes e Amazon Prime, nos Estados Unidos. Para os amantes brasileiros não há previsão de lançamento no Brasil. Scoob! O filme, seria o primeiro longa animado da turma da Mistérios S/A que chegaria aos cinemas.

Tive a oportunidade de assistir à animação. Confesso que sou fã desde criança e estava um pouco ansioso para ver o filme. Agora posso dizer que o longa me trouxe dois sentimentos: nostalgia e frustração. Mas antes de citar os motivos vamos a premissa de Scoob! O filme:

A animação convida o espectador a conhecer a história do surgimento da amizade de Scooby Doo (Frank Welker) e Salsicha (Will Forte) e como eles se tornaram amigos de Fred (Zac Efron), Velma (Gina Rodriguez) e Daphne (Amanda Seyfried) e começaram a resolver mistérios.

Pronto! Temos isso em 20 minutos de filme. Um dos trailers pode resumir bem essa história em apenas dois minutos. A animação é bem-feita, colorida e fiel aos personagens criados por Joe Ruby e Ken Spears, e produzido pela Hanna-Barbera. Logo de cara o filme começa a ganhar os espectadores, trazendo recriações de cenas clássicas do desenho da década de 1960. E aí está grande parte da nostalgia. O restante fica por conta de um verdadeiro crossover entre personagens de Joe e Ken, que não vou citar para não estragar as surpresas.

Entretanto, os 20 minutos iniciais, muito promissores, cheios de nostalgia e cenas divertidas, as quais pude dar boas risadas, são jogadas pelo ralo. O roteiro escrito a cinco mãos (Kelly Fremon, Matt Lieberman, Adam Sztykiel, Derek Elliot, Jack Donaldson), toma rumos simplistas e corre com uma história jogada às pressas. O enredo acabou me lembrando os live actions: Scooby Doo (2002) e Scooby-Doo 2: Monstros à Solta (2004), que apesar de serem francos, reconhecem suas limitações e usam isso para ganhar o público e tirar boas risadas.

Nessa nova animação, as premissas desses live action citados acabam se assemelhando: Scooby Doo e Salsicha são taxados de incapazes, e decidem provar seu valor. Já ouvir essa história né? E muito provavelmente sabe o final disso. Infelizmente é o que acontece em Scoob!

Com tramas paralelas pouco desenvolvidas vemos uma animação corrida, com um clímax um tanto fraco. Não era preciso grandiosidade, mas sim uma história bem desenvolvida, que mantivesse a linha de narrativa e pudesse criar um vínculo emocional com a história e o ponto alto do filme.

Posso ter criado expectativas demais e me decepcione, porém, o filme não deve ser jogado fora. Scoob é um bom passatempo, cheio de referências da cultura pop (um ponto positivo), com alguns crossovers interessantes, que tinham um potencial para serem explorados. Talvez em um próximo filme? Como fã, espero poder ver futuramente uma nova adaptação digna desse clássico.

Scoob! O filme
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Resumo

A animação é bem produzida, fiel aos personagens, cheia de referências a cultura pop e com crossovers, que fazem o espectador mergulhar na nostalgia dos clássicos desenhos da infância. Contudo, o enredo deixa a desejar no desenvolvimento da história, tornando-se simplista e corrido.

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