Qual a relação de Rapunzel com a quarentena?
A animação da Disney volta a ser lembrada por suas particularidades em situações específicas.
Em época de quarentena, muitas pautas estão sendo discutidas, inclusive sobre o isolamento social. Diante disso, vi em alguma rede social o paralelo desse cenário de confinamento com a história de Enrolados, situação tão peculiar que foi matéria do NY Post.
Mas vamos dar início aos fatos, acredito que o primeiro aspecto que devemos lembrar é a história do filme de 2010, a animação é mais uma versão sobre a história de Rapunzel, a garotinha que é sequestrada pela Mãe Gothel por possuir poderes em seus cabelos e, como solução, vive por 17 anos dentro de uma torre na Vila de Corona. Sim, esse é o nome da vila.
Além do nome da vila, muitos internautas se assemelharam com a vida de isolamento e parabenizaram a personagem por não desistir de seus sonhos mesmo sem saber quando sairia daquela situação de apenas admirar a vista pela janela sem saber o que realmente era viver.
A questão é que, Rapunzel nunca teve acesso a relações sociais, como amigos e família, suas únicas companhias eram apenas Pascal, seu camaleão, e Gothel, que a tratava com enorme desprezo e não possuía laços fraternos para com ela.
Então, a garota se distraia com a pratica de inúmeras atividades, cantada por ela mesma no filme: limpar a casa, ler livros, cozinhar, pintar, tocar violão e etc, e sempre imaginava quando sua vida começaria, qual seria o dia da sua libertação e sempre buscava encontrar uma forma de sair daquela realidade monótona.
Essa parte da história é bastante similar ao Mito da Caverna de Platão, pois é o momento em que Rapunzel se cansa de admirar as imagens refletidas pela fogueira e deseja e sair da sua caverna para conhecer a realidade e depois vemos seu final feliz.
O ponto importante da história é que, Rapunzel nunca sentiu falta de certas coisas porque nunca possuiu isso em sua vida. Sua realidade era chata e triste, e ela encontrava forças na esperança do amanhã ser um dia melhor para todos, dedicando-se em atividades que a permitiam exercer e aperfeiçoar seus melhores dons.
Agora, durante nosso período de quarentena, devemos manter a calma e nos espelhar nessa história, sabendo que daqui a algum tempo nos encontraremos de novo, que tudo ficará bem e logo também veremos enfim a luz brilhar.