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Crítica: Pequenos Monstros

Pequenos Monstros é uma boa comédia que nos faz sentir mais vivos – e menos mortos!

Ficha técnica:
Direção: Abe Forsythe
Roteiro: Abe Forsythe
Nacionalidade e Lançamento: Austrália, 27 de janeiro de 2019 no Festival de Sundance
Sinopse: Dave, um músico desiludido com a vida, acaba acompanhando a professora Miss Caroline em uma excursão com seus alunos, quando se vê diante da necessidade de protegê-los de uma invasão de zumbis.

Elenco: Lupita Nyong’o, Alexander England, Josh Gad, Kat Stewart, Diesel La Torraca.

Os primeiros minutos de “Pequenos Monstros” começam gradativamente a denunciar o que veremos a seguir: a redenção do protagonista. Afinal, bastam algumas cenas para observarmos o nível de desleixo e estupidez do jovem, além da completa falta de noção sobre a criação de um menino de cinco anos.

A caracterização exagerada faz parte da comédia proposta, já que as situações não deixam de ser engraçadas e desconcertantes, criando um clima propício para o desenrolar da trama. A escolha do diretor Abe Forsythe em fazer uma introdução um pouco mais longa é bem-vinda: conhecemos a personagem de Lupita Nyong’o apenas depois de compreendermos o protagonista, e só então a trama principal se desenvolve.

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“Pequenos Monstros” é um filme de zumbi que promove o mesmo tipo de olhar à figura do “morto-vivo” que Zumbilândia e Todo Mundo Quase Morto. A participação de um grupo considerável de crianças ajuda a trazer situações cômicas graças a duas coisas: a visão inocente dos pequenos e o esforço dos adultos em fingir que está tudo bem e tudo não passa de uma brincadeira. Vale o destaque para a atuação de alguns dos atores mirins, assim como Alexander England e Lupita Nyong’o.

Despretensioso, o filme depende disso para que seus pontos negativos não se tornem grandes falhas. Há uma previsibilidade no rumo da história, já que em nenhum momento a trama cria uma situação de temor pelas crianças ou pelos personagens principais. Nem mesmo a ação militar que ocorre em paralelo à trama principal cria tensão pelo possível desastre, e o único motivo para isso é o tom da narrativa. Esses fatores, bem como o romance óbvio desenvolvido e a superação do protagonista, são até mesmo esperados especialmente porque o filme faz bem na maneira com que tudo acontece: com o nível de tensão certo, com situações engraçadas regadas a músicas divertidas e, é claro, sangues e tripas que não caem no exagero.

“Pequenos Monstros” é daqueles filmes que divertem de forma leve, a despeito dos elementos de horror, e acabam nos deixando com vontade de cantar. Se será Taylor Swift, Neil Diamond ou Hanson, vai depender da sua idade!

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