Kirk Douglas: Morre um dos últimos representantes do cinema clássico - Cinem(ação): filmes, podcasts, críticas e tudo sobre cinema
Artigo

Kirk Douglas: Morre um dos últimos representantes do cinema clássico

Kirk Douglas era um dos últimos representantes vivos da Era Clássica do cinema. Ator excepcional, seu nome verdadeiro era Issur Danielovitch, porque seus pais eram imigrantes judeus da Bielorrússia que saíram de lá para tentarem a sorte nos Estados Unidos.

Douglas nunca ganhou um Oscar de melhor ator, apesar de ter concorrido 3 vezes, por “O Invencível” (1949), “Assim Estava Escrito” (1952) e “Sede de Viver” (1956). Merecia ter vencido na primeira e na última indicação, mas a Academia não reconheceu seu grande talento.

Seus primeiros papéis eram de coadjuvante: “O Tempo Não Apaga” (1946), “Fuga do Passado” (1947. Fazendo um vilão). Brilhou em 1949 na comédia dramática “Quem é o Infiel?” e no filme citado acima que lhe deu sua primeira indicação ao Oscar. Em 1951, esteve em 3 grandes trabalhos: “Embrutecidos pela violência“, “Chaga de Fogo” e “A Montanha dos Sete Abutres“, sempre com atuações fortes e intensas. “Assim Estava Escrito” (1952) é um de seus filmes mais marcantes; uma história sobre como Hollywood e a ambição podem ser cruéis com seus artistas.

Kirk Douglas em “Sede de Viver” (1956)

Vinte Mil Léguas Submarinas” (1954) é uma de suas grandes aventuras, ao lado de “Ulisses” (1954), “Vikings, os Conquistadores” (1958) e a superprodução “Spartacus” (1960), um projeto formidável onde ele foi dirigido pela segunda vez por Stanley Kubrick. A primeira foi no drama de guerra “Glória Feita de Sangue“, um dos melhores filmes a retratar a Primeira Guerra Mundial.

Entre seu westerns, vale destacar “O Rio da Aventura” (1952), “Homem Sem Rumo” (1955), “A um Passo da Morte” (1955), “Sem Lei e Sem Alma” (1957), “Duelo de Titãs” (1959) “O Último Pôr-do-Sol” (1961) e “Ninho de Cobras” (1970). Interpretou de forma magistral o pintor Van Gogh em “Sede de Viver” e um caubói moderno desiludido em “Sua Última Façanha“.

Sua filmografia é extensa, e além de ator, Douglas também era produtor, diretor e roteirista.

E assim, Hollywood e os cinéfilos perdem um de seus mais formidáveis representantes da Era do Ouro do cinema.


Colaboração: Ana Luiza

Deixe seu comentário