Favoritos do ano: top 10 filmes de 2019 - Cinem(ação)
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Favoritos do ano: top 10 filmes de 2019

O ano de 2019 foi intenso, inclusive para o cinema mundial. Desde grandes remakes a live-actions super esperadas e histórias inéditas, foram mais de 75 estreias de mainstream ao longo do ano no Brasil, incluindo os maiores sucessos de bilheteria da história. Entre os meus favoritos deste ano estão alguns destes títulos e outros com uma pegada mais underground, que valem a pena entrar para lista. Em ordem decrescente, aqui estão:

10 – Dora e a Cidade Perdida

Essa foi minha live-action preferida do ano, entre tantas lançadas. Dora, a Aventureira é uma das animações a mais tempo no ar na TV americana, com 19 anos de exibição pela Nickelodeon, e seu longa acompanha esse amadurecimento do público. Agora adolescente, a protagonista sai da selva onde mora e vai para Los Angeles, onde encontra Diego, seu primo e ex-companheiro de aventuras. Com bastante humor, boa dinâmica entre os personagens e um roteiro bem construído, a produção traz uma experiência divertida, digna de reconhecimento.

Coringa - Joker: cena do filme com Joaquin Phoenix sério e um reflexo fantasmagórico sorrindo

9 – Coringa

Um dos filmes mais polêmicos do ano, Coringa cumpre com maestria a proposta de chocar e conscientizar com uma única história. A brilhante atuação de Joaquin Phoenix mostra como é possível existir um lado humano e sensível de um dos maiores vilões de todos os tempos. A trama Batman-Gotham City é apenas um pano de fundo para uma trama muito mais profunda, obscura e caótica que se possa imaginar. Um longa transgressor e muito importante nos dias atuais. Não poderia ficar de fora dessa lista.

8 – História de um Casamento

Lançado recentemente pela gigante Netflix, que vem surpreendendo a cada nova produção, esse filme conquistou rapidamente um lugar no meu top 10. O drama de Noah Baumbach é profundo, realista e trata com afetuosidade das emoções e problemas envolvidos na separação de um casal. Inspirado pelo seu próprio relacionamento com a atriz Jennifer Jason Leigh, Baumbach explora o melhor das capacidades dramáticas de seus personagens, em diálogos precisos, urgentes e turbulentos. As atuações de Scarlett Johansson e Adam Driver são pontos altos nessa tragédia silenciosa, que caminha entre o sofrimento e o previsível, mas que não deixa de sensibilizar o público.

7 – Ford vs Ferrari

Estrelado pelos vencedores de Oscar Matt Damon e Christian Bale, o filme vai muito além de um drama sobre as duas pioneiras maiores do mercado, paixão por carros ou corridas eletrizantes. Em um roteiro ousado, James Mangold mostra o gritante contraste entre a indústria automobilística e o esporte com uma fiel representação dos bastidores da batalha pela vitória de 1966 na prova de Le Mans. Para aqueles que já conhecem o enredo, é uma proposta empolgante de encenação. Para quem não conhece, uma bela porta de entrada para esse universo.

6 – Echo in the Canyon

Esse documentário não poderia faltar na lista. Acompanhando a trajetória do cenário musical no lendário bairro de Laurel Canyon em Los Angeles, em um período onde instrumentos elétricos foram inseridos na música folk americana, ele mostra o surgimento desse movimento nos anos 60. Bandas como The Byrd’s, The Beach Boys, Buffalo Springfield, Crosby, Stills and Nash e The Mamas & The Papas são parte dessa história. Dirigido por Andrew Slater, o filme ainda acompanha fatos históricos e sociais da época que influenciaram diretamente esses artistas e suas músicas.

5 – Lutando Pela Família

Um dos mais subestimados pelo público da lista, esse filme traz uma história corajosa, inspiradora, em um universo muito rico e criticado, que são as lutas livres. O longa foi escrito e dirigido por Stephen Merchant, um dos melhores comediantes ingleses, co-produzido por The Rock, e traz temas que vão além do esporte: depressão, persistência, garra e, claro, a relação de amor pela família. Apesar dos clichês, é um filme com um bom humor contagiante.

O Irlandês

4 – O Irlandês

Outra produção Netflix que deu o que falar foi esse obra de Martin Scorsese, que une um trio de peso: Robert De Niro, Al Pacino e Joe Pesci. Nas mais de três e meia de filme, o espectador precisa de muito fôlego para acompanhar a densidade da trama, que é melancólica, com diálogos que beiram o cômicos e cheios de drama, características fortes do diretor. O roteiro minucioso de Steven Zaillian faz todos os lados da história se equilibrarem, como se fossem muitos filmes em um só. É a história de caminhoneiro e veterano de guerra que se envolve com a máfia, e que mostra o encontro de Scorsese com sua própria essência.

Entre Facas e Segredos

3 – Entre Facas e Segredos

Uma lista de filmes favoritos não pode deixar de fora um inspirado nos clássicos da Dama do Crime. O longa diretor Rian Johnson não só presta homenagem a Agatha Christie como corrompe com alguns clichês e transforma a história, instiga o público e dá um rumo inesperado. Tudo começa com um famoso autor de livros de suspense que é encontrado morto em sua mansão e, quando o detetive começa a investigar o caso, percebe-se que todos têm um motivo para ter matado o autor. Em um roteiro engenhoso e cheio de reviravoltas, o desfecho surpreendente prende o espectador

2 – Meu Nome é Dolemite

Essa comédia biográfica brilhantemente protagonizada por Eddie Murphy traz a história do lendário Rudy Ray Moore e foi um dos filmes mais falados recentemente. Entre tantos pontos positivos, o diretor Craig Brewer conseguiu transmitir toda a vibração do movimento cultural negro da época, parte fundamental de todo enredo, que traz à tona a necessidade de representação. É um filme apaixonante, recheado de diálogos inspiradores e grande atuação, daqueles que não pode deixar de ser visto.

1- Era Uma Vez em Hollywood

É um título impossível de não citar. Lançamento de Tarantino, com elenco de peso e uma história metalinguística teria, sem dúvidas, um lugar cativo na lista. A história de um dublê e um astro de TV, no final da década de 1960, durante as transformações do mercado do cinema em Hollywood. Brad Pitt e DiCaprio compõem uma dupla em perfeita sintonia com um roteiro e direção brilhantes, com uma riqueza de detalhes impressionante. Imperdível e, como amante dos filmes tarantinescos, merece o primeiro lugar.

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