Crítica: Heróis Nunca Morrem – 43ª Mostra de São Paulo
“Heróis Nunca Morrem” é um filme que curiosamente conversa com o documentário “Babenco”.
Ficha técnica:
Direção: Aude Léa Rapin
Roteiro: Joanthan Couzinié, Aude
Léa Rapin
Nacionalidade e Lançamento: França,
Bélgica, Bósnia, 17 de maio de 2019 (Festival de Cannes)
Sinopse: Joachim é confundido
na rua com um soldado bósnio que morreu no mesmo dia que ele nasceu. Acreditando
ser uma reencarnação deste homem, ele segue em uma jornada para a Bósnia com
seus amigos, que decidem gravar um documentário sobre o tema.
Elenco: Adéle Haenel, Jonathan Couzinié, Antonia Buresi.
Com uma câmera bastante tremida no começo, mas sem nunca abandonar o conceito de que tudo está sendo filmado por personagens, como em um found footage, “Heróis Nunca Morrem” é um drama jovem que fala sobre a morte. No fim das contas, é como se fosse uma homenagem da namorada do protagonista ao amado que não deve viver por muito tempo. Por isso a semelhança com Babenco, filme que assisti antes deste (e me faz acreditar muito que o destino é cinéfilo).
Inteligente ao mostrar um certo plot twist sem roubar o principal debate que o filme suscita (já que o protagonista continua em sua busca por alguma resposta), o longa da diretora francesa em seu primeiro filme ficcional combina a melancolia de sua temática com o humor de alguns diálogos, especialmente aqueles que mostram o fato de alguns personagens não entenderem o idioma local.
Se em alguns momentos parece haver furos no roteiro, eles são explicados e fazem sentido. No entanto, apesar de cenas belíssimas da Bósnia, o filme se estica por tempo demais na tentativa de reforçar sentimentos que já compreendemos.
Summary
o longa da diretora francesa em seu primeiro filme ficcional combina a melancolia de sua temática com o humor de alguns diálogos